O médico e humanitário Gustavo Carona recorreu às redes sociais para reagir à recente entrevista de Cristiano Ronaldo a Piers Morgan, onde o avançado português afirmou ter “algo em comum com Donald Trump”, sem especificar o quê.
Carona, conhecido pelas suas missões humanitárias em zonas de conflito e pela presença ativa no debate público, não poupou críticas ao capitão da seleção portuguesa. Para o médico, as declarações e comportamentos recentes de Cristiano Ronaldo representam “o pior exemplo” para jovens e adultos que o seguem “A entrevista a Piers Morgan é nada mais do que o pior exemplo do mundo para os jovens e adultos que o idolatram. Os pais, mães e treinadores, deviam explicar que, como caráter os miúdos deviam ser o oposto do que CR7 é neste momento“.
Segundo Carona, Ronaldo e Trump partilham características que considera “preocupantes”, entre elas “narcisismo patológico”, “ostentação imensurável” e a crença numa “superioridade desumana”. O médico afirma que ambos atuam como se “as leis não se aplicassem a eles”, e que a entrevista a Piers Morgan reforça essa perceção.
Entre os comportamentos recentes de Ronaldo que critica, Carona destaca um episódio de agressão em campo, alegando que o jogador “não pediu desculpa”, “bateu palmas irónicas ao árbitro” e ainda protagonizou trocas de palavras pouco edificantes com o treinador adversário. Para o médico, estes gestos mostram uma falta de humildade que considera incompatível com o estatuto de ídolo mundial.
Gustavo Carona vai mais longe e contesta a ideia de que Cristiano Ronaldo seja uma figura amplamente solidária. Na sua publicação, defende que atos esporádicos de caridade “não são ajuda humanitária”, e que, caso quisesse assumir um papel mais global e consistente no combate a problemas como fome, pobreza extrema ou alterações climáticas, o jogador já teria criado “uma Fundação CR7” com impacto estrutural. “Nunca teve a coragem de dizer uma palavra sobre a Palestina”, acrescentou.
Apesar do tom duro da crítica, Carona termina deixando a porta aberta à mudança: “Mas ainda vai a tempo, e se o fizer, eu cá estarei para lhe dar os parabéns” – Sublinha ainda que foi o próprio Cristiano Ronaldo quem afirmou ter semelhanças com Trump, reforçando que apenas reagiu às palavras do jogador: “Não fui eu.”
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