António Camelier foi convidado de Daniel Oliveira no Alta Definição. O ator, de 33 anos, revelou vários aspetos da sua vida até então desconhecidos
Durante a conversa com o diretor-geral de Entretenimento da Impresa, o ator recordou o momento que, com apenas 10 anos de idade, foi levado para o hospital de urgência.
Camelier já tinha sido, dois anos antes deste episódio, diagnosticado Síndrome de Tourette – perturbação neurológica crónica que se traduz na presença de tiques, transitórios e crónicos. “Aquilo foi galopando”, conta, explicando que embora tinha consciência dos tiques mas não tinha controlo sobre os mesmos.
“Não só para mim, mas essencialmente, à minha mãe, a pessoa que mais sofria com isto. Ela levou-me a psicólogos, psiquiatras, neurologistas, pai de santo, bruxas, foram tempos muito difíceis para mim”, admite que era algo que lhe provocava angústia.
Na altura, António Camelier jogava futebol e, após um dia mais agitado, o médico aconselhou a mãe a aumentar a dose do calmante. “Dormi bem e no outro dia não fui jogar. Depois do almoço, comecei a ficar com o corpo rijo, até que fiquei completamente paralisado. Fui para o hospital ao colo do meu pai e tive de ficar 24 horas em observação, pois tinha a tensão a 20”.
A partir desse dia, o ator tomou uma decisão: “Disse à minha mãe que nunca mais tomava um único comprimido. Fui tendo cada vez mais autocontrolo e hoje em dia tenho aquilo que se chama de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)”, revela. “Quando me sento, faço-o três ou quatro vezes, tenho obsessão por números pares, deito-me sempre duas vezes ou desligo as luzes sempre duas ou três vezes”, conta expressando ainda que as pessoas não se dão conta desta sua condição. “Este tipo de problema é uma coisa muito mental”.
O ator que integra o elenco de A Serra conta que em miúdo, deram-lhe a alcunha de “tiques”, mas o ator sempre conseguiu contornar a crueldade de algumas crianças, apesar de sofrer com isso o ator desabafa: “O segredo, se é que há um, é não desvalorizar a situação, mas não dar tanta importância”.
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