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Cavaco Silva ARRASADO: “É uma pessoa pouco recomendável”

Cavaco Silva foi alvo de duras críticas por parte do jornalista Luís Osório no habitual ‘Postal do Dia’ no Facebook.

Cavaco Silva voltou a aparecer. Às vezes, um livro. Outras vezes, um ajuste de contas. Contra pessoas, contra a esquerda, contra a má moeda, contra qualquer política menos ele próprio – o homem não se cansa de ajustar contas com o seu ressentimento. Conseguem citar-me algum discurso, alguma frase, alguma linha de algum discurso que ele fale realmente bem sobre alguém? Cavaco apareceu outra vez. Para diabolizar António Costa. Para espetar uma faca no pobre Rui Rio. Para dar prova de vida. E sempre que surge – qual D. Sebastião sem nevoeiro – é como fazer-me regressar à Feira Popular da minha infância, a um comboio fantasma de que tinha pavor por no meu íntimo achar que poderia ficar preso para sempre num lugar com gente que me puxaria para baixo, que me esconderia da luz, que me assustaria de morte.“, começou por escrever.

Cavaco Silva representa uma parte da minha vida. Uma parte da vida do país. O homem que mais anos esteve no poder em democracia. E o homem que ainda hoje, mesmo tendo em conta esse detalhe, continua a dizer que não é um político. O homem que beneficiou de alguns privilégios conhecidos, mas que continua a pairar como se lhe devêssemos alguma coisa, como se lhe tivéssemos de ir comer à mão. O homem que tem de si próprio uma imagem elevada. O mesmo que recusou o pedido de Salgueiro Maia quando este, numa carta ao então primeiro-ministro, lhe pediu uma humilde pensão. Na verdade, Cavaco nunca recusou pensão ao herói da liberdade, para ser verdadeiro nem sequer lhe respondeu como na altura referiu a mulher de Salgueiro Maia. A mesma pensão que deu a dois ex-inspetores da PIDE poucos meses depois. O homem que não fez nenhuma declaração aquando da morte de José Saramago, nem uma palavra. Uma vergonha, uma canalhice. Porque Cavaco era Presidente da República!“, acrescentou.

Cavaco é uma pessoa pouco recomendável. E quando regressa, com mais um livro ou uma entrevista, eu torno a entrar no comboio fantasma e a ver uma figura que corporiza o que mais detesto no ser humano. Por isso, esta declaração é apenas mais do mesmo. É coerente e deixa sempre o sabor azedo de um outro tempo, o sabor fora de prazo de uma embalagem que nos recorda que há coisas que não podemos levar novamente à boca.“, rematou Luís Osório.

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