Lourenço Rebelo Pinto Feron, filho da escritora Margarida Rebelo Pinto, partilhou uma reflexão no Instagram.
O jovem cantor e compositor começou por referir: “A minha vida mudou. Não sei quando, nem porque, mas mudou. Já não sou a mesma pessoa, duvido que volte a ser. Eu mudei, descobri que as pessoas podem mudar. Antes não acreditava, nem dá para acreditar a pouca fé que tinha na humanidade. Engraçado, agora que vejo o bom do mundo, o bom do mundo também me vê. Quem diria, que era assim tão fácil, bastava ter coragem“.
“Demorei o tempo que demorei, os caminhos são os mesmos, mesmo que os percursos sejam diferentes. Voltei a sonhar, coisa que faz falta nesta vida, deixei de dar a juventude como por garantida porque envelhecer é o privilégio de alguns. Agora sorrio sem razão, danço com os meus gatos, faço figuras e questão de não me levar muito a sério. Oiço o que o corpo pede, porque corpo e mente são dois e já sabem tudo o que esqueci. Estou presente, vivia no passado e no futuro, ou seja, em lado nenhum, angustiado e prisioneiro de um modo de ser, quem diria que iria ser a minha maior jaula, e que enquanto fazia a chave esqueci-me de ver se a gaiola estava trancada. Ponderava os mil acontecimentos para acontecer o mil e um, só para o universo se rir um bocadinho. Agora rio com ele, e assim ganho quando perco“, acrescentou.
“Voltei a reunir-me com a tribo, o clã de super-heróis onde o limite não existe na ambição e na distância possível a percorrer. Descobri que faço parte desde que faça parte. Comecei a adorar manhãs, contra todos os indicadores anteriores. De acordar antes dos pássaros, para poder acordar com o mundo lentamente em vez de acordar com ele de repente, já em total funcionamento sem mim. Acordo cada vez mais devagar, por escolha e por gosto e só me canso para testar limites do corpo e prezar saúde. Não sei como cá cheguei, mas ainda bem que aqui estou. Agora sou vida, e a vida é bela, não é?“, rematou.
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