Marisa Liz nunca foi vítima de assédio sexual no meio profissional, mas foi alvo de um fã obcecado.
“Durante anos, quando era mais nova, fingia falar ao telemóvel quando andava sozinha à noite. Saía do comboio e ia dizendo: ‘Estou quase a chegar.’ Desde cedo, sente-se essa insegurança, esse medo. Todas as mulheres o sentem”, começou por dizer à Revista Sábado.
“Tive uma situação muito estranha quando cantava no bar Templários [em Lisboa]. Ia lá um senhor que não falava com ninguém e ficava a olhar para mim. Um dia, quando tinha acabado de cantar, ele disse-me: ‘Tu gostas de mim, mas ainda não sabes.’ Eu fiquei em choque e não dei seguimento. Outra vez, esse mesmo homem, quando acabei de cantar pediu para falar comigo e deu-me uma cassete com umas músicas. Nessa noite tinha uma rosa no carro. Comecei a avisar a malta: ‘Passa-se aqui algo estranho’ “, revelou.
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“O pior foi quando, numa noite, entro no carro, batem-me na janela, abro o vidro e gelo – era ele. Comecei a arrancar com o carro. E ele seguiu-me. Eram duas horas da manhã, estava sozinha e o que pensei foi parar em frente à esquadra da polícia. Parei o carro e ele passou. Fiquei ali um bocado e ele nunca mais apareceu”, conta.
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