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Miguel Sousa Tavares arrasa Ricardo Araújo Pereira: “Pouco criativo e muito preguiçoso”

Esta segunda-feira, dia 8 de março, durante o Jornal das 8, foram recuperadas algumas imagens da entrevista feita pelo humorista, Ricardo Araújo Pereira, à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.


Miguel Sousa Tavares, comentou e foi muito crítico em relação ao papel de Ricardo Araújo Pereira. «O Ricardo Araújo Pereira tem um tipo de humor que não tem nada a ver com o de Herman José, por exemplo, que pegava em tipos de portugueses e criava personagens», começou por dizer.

«O Ricardo Araújo Pereira é, na minha opinião, muito pouco criativo, muito pouco imaginativo e muito preguiçoso. Ele vive daquilo que eu chamaria babugem do jornalismo. Há vários anos que pega nas notícias que já foram dadas pelos jornalistas e tenta trabalhá-las. Uma das coisas que ele faz é entrevistar políticos» acrescentou.

«Reentrevistar, porque eles já foram entrevistados (…) E isso tem uma desvantagem, porque ele não é um jornalista. Ontem na entrevista da Francisca, que é uma pessoa que eu gosto muito pessoalmente e acho que é uma pessoa séria e inteligente, escaparam-lhe duas coisas que não escaparia a um jornalista e que têm alguma gravidade», comentou.


«Uma delas é quando se falou dos juízes do escândalo do Tribunal de Relação. A ministra disse que tinha sido detectado pelo sistema e não é verdade. Foi detectado pelos jornalistas. Se estivéssemos à espera que fosse o próprio Tribunal de Relação ou o Conselho Superou de Administração de Magistratura a dar com aquilo, se calhar esperaríamos eternamente. Foi o jornalismo de investigação que detectou aquilo, nomeadamente aqui na TVI», afirmou.

«Segunda coisa, quando a ministra diz que há 80% de mulheres juízas na primeira instância, que por acaso vimos que são 70%, mas dentro de pouco tempo haverá 80 e por aí fora, e diz: ‘estamos a ganhar esta batalha’. Ela deveria pensar no que está a dizer, porque se fosse ao contrário, se fosse um homem, era um escândalo», afirmou. «Isto é grave porque a justiça reflecte aquilo que a sociedade pensa. Esse olhar deve ser equilibrado, que tanto é feminino como masculino. Uma justiça ser dominada por um dos sexos é uma coisa preocupante e o ministro da Justiça, seja homem ou mulher, devia estar preocupado com isto e não gabar-se», concluiu.

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