Ricardo Martins Pereira deixou uma sentida homenagem ao filho Mateus que faz oito anos.
“Há exatamente oito anos, uma terça-feira, estava a fechar a edição da revista Sábado quando recebi um telefonema da Ana. “Ou estou com incontinência urinária grave ou rebentaram-me as águas”. Faltava mais de um mês para o dia previsto para o parto, aquilo não era suposto estar a acontecer”, começou por dizer.
“Deviam ser umas 17h30, por aí. Fui para casa, arrumámos as coisas e seguimos, por recomendação médica, para o Hospital de Cascais, já que era um parto prematuro. Chegámos perto das 19 horas. E assim que saímos do carro apercebemo-nos de que nos tínhamos esquecido do kit de recolha das células estaminais. Lá voltei eu para Lisboa para ir buscar o kit”, continua.
“Voltei ao hospital e a Ana já tinha entrado para o bloco de partos, onde iria ser feita a cesariana (já sabíamos que seria assim, porque o bebé não deu a volta). Não me deixaram entrar para assistir ao parto. Passei provavelmente a hora e meia mais intensa da minha vida. Dei por mim a chorar encostado a uma parede do hospital, num misto de nervos, medo, emoção. Ainda não eram 23 horas quando a médica me veio informar que o Mateus tinha nascido bem e apesar de o parto ter sido às 35 semanas não deveria precisar de ficar na incubadora. Uma meia hora depois tirei esta foto. Parabéns ao menino do papá.”
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