Sandra: “Não gosto de homens fáceis”
A concorrente tímida da “Casa dos Segredos” deu lugar a uma mulher sensual, segura de si, que sabe o que quer.
Mais sofisticada, mas igualmente simpática e genuína, Sandra aceitou posar para objetiva do nosso fotógrafo, mostrando um ângulo de si que ainda não conhecíamos. O resultado final não podia ser melhor.
O que é que foi mais difícil: a “Casa dos Segredos 3” ou o “Desafio Final”?
O “Desafio Final”, sem dúvida. Desta vez, todos os concorrentes já tinham noção do que o programa exigia e já nos conhecíamos todos.
Gostou da sua prestação?
Gostei. Tive mais cuidado com a linguagem desta vez. Fiz um esforço para mudar e estou convencida que as pessoas perceberam que estou diferente para melhor.
Essa foi a razão principal para voltar a entrar na Casa?
Quando me convidaram, aceitei logo, nem perguntei valores. Achei que a minha saída da “Casa dos Segredos 3” tinha sido injusta e queria aproveitar a oportunidade de mostrar mais de mim.
Qual foi o pior momento do “Desafio Final?”
Foi a minha discussão com a Daniela. Era escusada e foi mais “chiqueiro” que outra coisa, porque fizemos logo as pazes cá fora. Nunca me tinha acontecido, porque viro logo as costas às discussões, mas estamos bem agora.
Era a única concorrente oriunda de uma pequena vila, todos os outros vinham de grandes cidades. Sentiu que estava em desvantagem?
Diz-se que as pessoas da cidade são mais espertas e más e é verdade. Eu confio demasiado nas pessoas, sou muito ingénua. No início foi complicado, porque pensava que as pessoas eram como eu e descobri que não são. Nas cidades, as pessoas são mais atentas e disfarçadas. Eu dizia logo o que pensava e acabava por prejudicar- me. Melhorei um pouco nesse aspecto.
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É por isso que quer ir viver para o Porto?
Quero estar mais perto de tudo. Em Lustosa estou longe de tudo, não há tantas oportunidades.
A sua proximidade com o Carlos deu muito que falar. Acha que foi mais longe no jogo por causa disso?
Eu entrei para jogar e o Carlos enquadrava-se nessa estratégia, mas era tudo na brincadeira. Não sei se me levou mais longe, acho que não.
Era impossível terem-se envolvido?
Se tivéssemos tido mais tempo não sei até que ponto a nossa relação poderia ter evoluído.
O Carlos faz o seu género?
Sempre disse que queria um moreno, alto, de olhos verdes. O Carlos tem olhos verdes, mas é pequenino e todo tatuado. Agora é verdade que é bonito e “manda pinta”.
Poderia ter-se apaixonado por ele?
Não sei, isso não se escolhe. As coisas surgem. O que mais me agrada num homem é a sua maneira de ser. O Carlos é um durão e essa característica não se encaixa comigo. Por outro lado, não gosto de homens fáceis, gosto de homens que me deem luta e, nesse sentido, o Carlos é um desafio.
Ele tem fama de mulherengo. Isso assusta-a?
É o que toda a gente diz e, sim, isso assusta-me. Não sou uma mulher insegura, mas os homens mulherengos atraem problemas. Neste momento, prefiro ter uma relação sólida sem grandes percalços.
Podemos concluir que se sentiu atraída por ele?
Sim, admito que houve atração física.
Trocaram um beijo na Casa. Ele beija bem?
O beijo foi só técnico. Não sei se beija bem, porque foi muito rápido, mas foi divertido.
Como reagiu quando ele lhe mostrou o órgão sexual no duche?
Estava a desafiá-lo, mas não esperava que ele o fizesse. Na altura fiquei chocada.
Também disse, numa conversa com a Joana e o Carlos, que gostava de experimentar sexo a três. É verdade?
Foi só uma brincadeira. Digo muitas asneiras. Em matéria de sexo, um é pouco, dois é bom, três é demais.
As fotos provam que é uma mulher muito bonita. Como se explica que não tenha namorado?
Não tenho namorado porque não quero. Quero é trabalho. Um namorado neste momento só me ia atrapalhar. Quero estar sozinha, até porque tive uma relação falhada e ainda não estou preparada para ter uma nova relação.
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Por que tem tendência para cruzar-se com os homens errados na sua vida?
Não é isso. Quero é algo sólido e não só uma brincadeira. No passado envolvi-me com homens que pensavam que eram os certos para mim e afinal eram os errados, porque a nossa relação não deu em nada.
E agora o que gostaria de fazer profissionalmente?
Gostava de arranjar alguma coisa na televisão. Tenho fé que possa acontecer alguma coisa. Tenho uma boa imagem, já mostrei que sou capaz de representar.
E se não acontecer?
Se não acontecer tenho o lugar no escritório da empresa de construção civil do meu irmão.
Era capaz de voltar às confeções?
Se a vida desse uma volta muito grande emigrava. Nem que tivesse que ser empregada de limpeza, porque se ganha mais. Nas confeções, o salário é muito baixo.
Era mesmo capaz de ser empregada de limpeza?
Claro. A fama não me subiu à cabeça. Continuo a ser a mesma pessoa. A fama é uma coisa do momento. Não me iludo. Sou uma mulher de luta que não cruza os braços.
(Fotografia: Bruno Peres; Produção: Romão Correia; Cabelo e maquilhagem: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel)