Liliana perseguida e maltratada por ex-namorado
A Miss Playboy viu a sua vida destruída pelos vícios dos pais, mas foi a traição ao namorado que destruiu a sua vida amorosa, de nove anos. Ex-sogro e avó trocam acusações – dos ciúmes à violência
TEXTO DÉBORA GODINHO – REVISTA TV GUIA
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A vida de Liliana Queiroz, de 27 anos, tem sido muito conturbada, pois, como a jovem anunciou em directo, no Big Brother VIP, tanto o pai como a mãe faleceram devido a problemas com álcool e drogas. Mas se a morte dos progenitores destruiu a vida da Miss Playboy, também a sua relação amorosa (de nove anos) com Tiago Gonçalves, de 29, foi um pesadelo. Viviam na mesma zona, em Unhos, Louras, quando se apaixonaram. O desenlace trouxe à tona as divergências entre as duas famílias. As acusações são muitas e como Tiago se remeteu ao silêncio por estar a reconstruir a sua vida, foi José Gonçalves que defendeu o filho das acusações de que é alvo. “A Liliana é que estragou a vida do meu filho, não foi ele que estragou a dela! Nunca gostei desta relação. O meu filho ficou sem trabalho, sem o carro e vendeu tudo o que tinha. Porque eles não tinham dinheiro, o que ela ganhava hoje, amanhã gastava“, acusa o ex-sogro da concorrente da TVI.
Depois de terem namorado alguns anos, Liliana e Tiago foram viver juntos para a Bobadela, para um apartamento que a avó dela, D. Lurdes, afirma estar arrendado em nome da neta, mas José Gonçalves invoca que está em seu nome e que o filho ainda hoje lá vive. “A última vez que houve zaragata, ela ligou-me aflita e eu liguei logo à polícia, vesti-me e fui logo lá ter com ela. Quando cheguei lá, ele saiu do quarto e disse-me que não tinha fugido. Eu perguntei-lhe se ele não tinha vergonha de estar a fazer o que fazia. Porque eles zangavam-se, mas passados uns minutos ele já estava a telefonar-lhe, ligava-lhe noites nteiras”, recorda Lurdes, que acrescenta: “Eles moravam na Bobadela e a casa estava
no nome dela e ele foi lá durante a noite e deu uma patada na porta, deu cabo daquilo. Ela depois veio para cá, mas às vezes vai lá. Ele é que teve que sair porque foi a polícia que mandou, pois a casa estava em nome dela”. Já o pai de Tiago conta que a relação do filho com a Miss Playboy foi “sempre muito complicada, eles agrediam-se verbalmente, mas fisicamente punha as mãos no lume que o meu filho nunca lhe bateu! A casa onde eles moravam estava em meu nome e foi ela que destruiu a vida do meu filho. A relação acabou porque ele estava na casa de banho e ela pensava que ele já tinha saído e então o meu filho ouviu-a a falar ao telefone com um homem e a dizer que tinha saudades dele. O meu filho andava a ser traído”.
E reforça: “Ela fazia as coisas e o meu filho era o último a saber. Acho que ele era mais obcecado do que gostava da Liliana. Tanto que chegou a um
ponto em que só via as revistas dela nua na banca. Como é óbvio ninguém gosta disso. Eles chegaram a ir para o Algarve nos meses de Verão, porque ela queria ir para lá, gastavam o dinheiro todo e depois não tinham nada. Eu é que os ajudava. Ela sempre teve a mania das grandezas, queria viver no luxo”.
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Já a avó acusa Tiago: “Ela agora tem estado muito parada a nível de trabalho, por causa do rapaz que namorou. Ele não queria que ele fizesse trabalhos e depois ela é muito ingénua, porque a minha neta tem 27 anos, mas é uma miúda. Ela sempre quis estes trabalho e se ela via que ele não… separavam-se logo não é? A relação deles nunca foi normal”. D. Lurdes acusa: “Ninguém gostava dele, por que ele quando vinha aqui a minha casa, entrava e se ela ia ao quarto ter comigo ele ia atrás. Eu até podia estar despida. Era mesmo falta de educação e o meu marido uma vez disse-lhe que tinha a mania que isto era tudo dele”. E acrescenta: “Eu não estou a defendê-la a ela, porque também deve ter tido muitas culpas no cartório. Mas ele não a deixava trabalhar. Uma vez, ao pé do meu falecido filho, chamou-lhe nomes, porque nunca foi pessoa de lhe dizer que ela estava bonita numa revista, ele não lhe dava valor”.
Mas se a vida de Liliana não foi fácil, a de Tiago também não, “já que foi abandonado pela mãe em pequeno, desde aí nunca mais a viu e hoje, se passar por ela, nem a conhece. A mãe do Tiago disse que levava o frigorífico e o fogão e que eu ficava com o meu filho”, recorda José Gonçalves.
VIDAS DE SOFRIMENTO
É em lágrimas que a avó de Liliana conta o sofrimento de toda a família com as mortes de Anabela e José Manuel, pais de Liliana, que “resolveram casar mas eu não queria, porque já tinha ouvido que ela andava metida nas drogas, embora não fossem das pesadas. Eu disse ao meu filho, só que ele respondeu-me que as pessoas é que tinham inveja. A rapariga vinha aí sempre muito bem arranjada e fui eu que lhe mobilei a casa, mas depois estragou-se”, recorda Lurdes. Entretanto, “viveram felizes em São João da Talha, depois meteram-se nessa porcaria das drogas, o meu filho saiu da Rodoviária e deram-lhe sete mil contos (35 mil euros) e foi a desgraça deles, bateram mesmo no fundo“. Depois, o casal foi para uma clínica de reabilitação. “Uma vez, eu vinha do trabalho, e a mãe da Anabela ligou-me a dizer para eu ir lá porque eles estavam uma miséria. Vendiam as coisas para comprar droga. Quando lá chegámos a casa deles, o irmão da Anabela já os tinha levado para casa dele. Eles estiveram um mês lá e depois internou-os, porque aquilo já estava descontrolado chegavam a ligar para aqui a pedir para irmos buscar a Liliana para ela não ver aquilo”, recorda Lurdes.
O suficiente para destruir o casamento: “Depois foram internados, a Anabela não quis o tratamento e arranjou lá outro. o que fez com que o meu filho não quisesse lá ficar. Eu fui buscá-lo e disseram-me lá na clínica que era por causa da mulher, ele fez logo a mala e eu trouxe-o. Ela, dois ou três dias volvidos, saiu da clínica e foi para Espanha com o outro”. José Manuel não estava curado. “Passados oito meses o meu filho pediu para voltar para a clínica. Ficou lá nove meses e já vinha curado, mas veio para as mesmas companhias e, como não tinha mulher, meteu-se outra vez naquilo das drogas”. O pior foi mesmo as crises do álcool que o pai da concorrente do BB tinha, pois “foi isso que o matou. Eu nunca pensei que o meu filho fosse à minha frente, ele teve uma crise algum tempo antes de morrer e, nessa altura, o médico disse que ele não podia voltar a drogar-se, só que ele meteu-se no álcool” e acabou por falecer em Setembro de 2009.
“Sofremos muito, ainda hoje, tanto que nem eu nem a Liliana fomos ao funeral”. Quem também não superou as drogas foi Anabela, a mãe de Liliana, que “andava aí sozinha, não tinha o que comer e então acabou por morrer. Mas a Liliana foi ao funeral da mãe, que morreu há nove anos”. A palavra dor esteve sempre presente na vida desta família. “Há 37 anos que estou com o Zé”, comenta D. Lurdes, “eu já não estava com o meu ex-marido há muitos anos. Eu vivi com o Manuel, até o meu filho José Manuel ter 15 anos, e o António sete. Só que ele era muito mau para mim, batia-me, e então os meus filhos disseram-me para eu me se-parar. Além disso, tive duas meninas que morreram”.