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Rita Pereira: “Faço questão de defender os meus ideais”

Sem papas na língua, a atriz Rita Pereira fala de amor e das polémicas à sua volta e da carreira.

Acredita que há, de facto, destinos cruzados?

(risos) Acredito. Acho que o grande exemplo disso sou eu e a minha melhor amiga. Apesar de ela viver em Angola há oito anos, os nossos destinos cruzam-se constantemente, desde os 14 anos.


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Dá muito valor à amizade?

Dou. Tenho muito poucos amigos, porque dou muito pouca confiança. E quando dou, dou mesmo a sério. Não me rio, nem sou simpática para toda a gente. Sempre fui assim.

 

Depois de se tornar a Rita Pereira, sentiu que havia mais pessoas a quererem ser suas amigas?

Acho que isso é inevitável. Não é uma coisa a que eu dê valor, e muitas pessoas se calhar fazem-no sem maldade, se calhar ficam fascinadas com uma pessoa que aparece na televisão. Por exemplo, eu já trabalhava como manequim, e era muito desprezada pelas pessoas do mundo da moda. Sempre fui a gorda, era posta de lado, não fazia desfiles, não fazia editoriais de moda. O que fazia era publicidade.

 

‘Destinos Cruzados’, que protagoniza, está ‘a fritar-lhe a pipoca’, como diz a sua personagem, ou é música para os seus ouvidos?

(risos) Sempre disse que a Estrelinha de ‘Doce Fugitiva’ era a minha preferida, mas neste momento consegui encontrar uma personagem que me deixou indecisa. Tenho tido dos melhores feedbacks de sempre, tanto a nível de personagem como de ‘acting’ e isso para mim é o mais importante. As pessoas na rua falou-me muito da Nanda.

 

A Rita não usa essas expressões no dia a dia, é fácil decorar tantas?

É difícil, mas quando se estuda o texto em casa, tudo é simples no platô. Eu estudo em casa, tenho tudo pensado antes de chegar a estúdio. Quando chego já propus ao meu colega, ao realizador fazer aquilo, porque estudei em casa.

 

Ainda continua muitas horas à espera para gravar cenas da novela, como se queixou?

O post que escrevi [no Facebook] foi só e apenas ligado à minha produção, não foi direcionado à Plural, não é à TVI. Falei por mim, pelos meus colegas e pela minha equipa.


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Não teve reações da Plural?

Foi tranquilo. Disseram-me apenas, para quando for assim falar com eles em vez de escrever no meu ‘jornal’.

 

Em nenhum momento pensou que isso a podia prejudicar?

Pensei, mas aprendi com colegas meus mais velhos a não ficar calada. E se há 10 anos eu chegava e tinha uma cadeira para me sentar e tinha pessoas que olhavam para mim com respeito, faço questão de ser tratada da mesma maneira 10 anos depois e de defender os meus ideais, para que os novos que cheguem possam ter essas condições de trabalho, que estão a desaparecer.

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