A menina do ‘Portugal Radical’ é hoje uma DJ e blogger de sucesso. Com uma vida profissional muito atarefada, Rita Mendes consegue conciliar a carreira e a família com um sorriso nos lábios. Os dois filhos, Afonso Luz e Matilde Estrelas, são a sua razão de viver.
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1- É fácil ser DJ em Portugal? (Marco Freitas, Vila Real de Santo António)
– É tão fácil como outra qualquer carreira artística, ou seja: não é. Há cada vez mais concorrência e cada vez menos espaços idóneos abertos (muitas casas a ir à falência e algumas a não pagar). No meu caso, consegui, ao longo de oito anos, criar um nome sério dentro do meio. Fui ganhando credibilidade e a minha falange de fãs, o que me faz ter um trabalho quase constante de norte a sul. Cada vez mais faço eventos com marcas, que é outro mercado, e agora, que sou mãe, é um trabalho de menor desgaste e remuneração mais simpática.
2- Tem um novo projeto, a DJ Mendinha, agora dedicado às crianças. Como está a correr? (Emanuel Sequeira, e-mail)
– A DJ Mendinha surgiu das brincadeiras com os meus filhos junto à mesa de mistura e com as músicas que os bebés gostam de ouvir. Daí até perceber que podia haver um mercado não explorado interessante foi um passo. Comecei em junho e a DJ Mendinha fez já cinco ou seis espetáculos, todos com um feedback positivo. Gosto muito de atuar como DJ Mendinha, exatamente por ser o oposto da DJ Rita Mendes dos ‘grandes’. A energia que os pirralhos me oferecem é brutal e a que eu exijo de mim mesma faz-me entrar num mundo infantil que é muito estimulante.
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3- Sente-se realizada no campo profissional? (Mário Jesus, Codivel)
– Vou sentindo. Sou empreendedora e gosto de implementar ideias, de ser pioneira e de abraçar muitas áreas. No entanto, assumo que me faz falta a televisão…
4- Foi mãe pela segunda vez. É mais fácil o segundo filho? (Carla Santana, e-mail)
– O segundo filho pode ser mais fácil de tratar, com menos dúvidas e receios. Mas ter dois é mais difícil. Principalmente com idades tão próximas. Amo-os de coração e adoro vê-los a interagir, mas há dias em que o cansaço é extremo. Alegra-me pensar que daqui a um ou dois anos entretêm-se um ao outro, ao invés de agora, que dão trabalho extra.
5- Tornou-se conhecida como a apresentadora de TV. Tem saudades? (Patrícia Sequeira, e-mail)
– Tenho. Aparecer apareço muito, mas não pelo meu valor como comunicadora, não por dar cartas na área, mas sim para – como diz um amigo meu da área – ‘encher chouriços’ e isso, às vezes entristece-me. Tenho saudades de ‘namorar’ a caixinha mágica, mas o caminho para aí há de escorregar de novo, assim o creio. Sou já tão multifacetada que acho que faz sentido…
6- Tornou-se numa blogger de sucesso. O que a levou a expor o seu dia a dia nas redes sociais? (Rita Fazenda, Beja)
– A vontade de que as pessoas que me conheciam como miúda me olhassem e conhecessem como mãe e mulher. Sei que as figuras públicas chegam mais facilmente ao público e como amo escrever, resolvi misturar as minhas duas paixões, a maternidade e a escrita, em algo que cada vez mais crescia na sociedade, as plataformas sociais. Tem sido uma experiência brutal e tenho ganho tantas coisas positivas, tanto na minha vivência pessoal, como profissional… que não me apetece parar.
7- Recebe muitas críticas nas redes sociais? Como reage? (Paulo Vitorino, e-mail)
– Já reagi pior. Assumo que me custa sentir injustiçada, até porque normalmente as críticas se referem mais à vida pessoal e ninguém ‘anda nos sapatos de ninguém’. Acho que as pessoas que não conhecem a fundo a tua vida, as tuas razões e só conhecem a fachada se esquecem que mesmo nós, os ‘famosos’, somos humanos, cometemos erros. Sinto que o ‘portuguesinho’ gosta de criticar por criticar. E uma pessoa como eu, muito ativa, empreendedora, irrita muita gente… A verdade é que desde que comecei a trabalhar de forma mais próxima com as redes sociais me tornei mais imune.
8- Com dois filhos, como consegue gerir a sua vida com o seu companheiro? (Caetana Marques, e-mail)
– Como todos os casais. Com altos e baixos. Com momentos de cansaço e outros de paixão. Com muito jogo de cintura, paciência e amor.
9- Quando foi mãe pela primeira vez já estava separada. Como foi lidar com a situação? (Ana Fonseca, Aveiro)
– Acho que quando meto algo na cabeça, sigo em frente até às últimas consequências. Não foi fácil, assumo. Passados quase três anos, dou-me bem com o pai dele [Roger Branco], conseguimos superar diferenças e dores do passado e relacionamo-nos tendo em conta o bem-estar do Afonso.
10- Ser empreendedora é fundamental para a realização pessoal? (Maria do Céu Lopes, e-mail)
– Recuso-me a baixar os braços. Há mais marés do que marinheiros. E eu gosto de criar marés. Fui uma das primeiras mulheres DJ conhecidas, criei um dos primeiros blogues de sucesso de figuras públicas. Comecei a fazer TV na nova fornada das televisões independentes. Se as portas estão fechadas, arranjo forma de abrir uma janela. Se preferia ter uma vida mais estável e menos stressada? Sim, preferia. Mas a vida é assim e eu aprendi a ir sorrindo com ela.
fonte: CMvidas