Revisor da CP insulta utente com deficiência
Este post foi escrito em Outubro deste ano e acabei por não acabar muito por culpa do tempo que se acaba por dar a outras áreas. Entretanto o Samuel Alemão do blog o corvo investigou este assunto e até contactou a CP que referiu:
Questionada pelo Corvo, a CP prometeu averiguar o caso. “A CP confirma que tem nos seus quadros um operador de revisão e venda com o nome Pernes Mendes”, respondeu, ontem, por e-mail, Ana Portela, directora de Relações Institucionais e Comunicação da transportadora. “Perante a apresentação de reclamações relacionadas com a sua atividade, esta empresa procede sempre à averiguação de todas as circunstâncias que originam ou estão relacionadas com as situações em causa. Não deixará de o fazer também neste caso. Apurados os factos, caso constituam violação do dever laboral, serão retiradas as devidas consequências”, disse.
[wp_bannerize group=Geral random=1 limit=1]
Vamos então à história desde inicio contacto na 1ª pessoa Marisa Lino de 29 anos residente em Alverca, de cada vez que pretende vir a Lisboa, de comboio, tem que se submeter a uma das condições básicas do Serviço Integrado de Mobilidade (SIM) da CP: fazer a marcação da viagem com 48 horas de antecedência. O agendamento é efectuado por e-mail, apenas nos dias úteis. As viagens são, posteriormente, confirmadas pela transportadora. Mas os clientes nas condições de Marisa têm de se conformar com a imposição de não poderem viajar após as 20h30 – horário de encerramento da maioria das bilheteiras nas estações de caminhos-de-ferro. Por causa dessa imposição e de duas falhas relativas ao SIM, consigo ocorridas, Marisa decidiu apresentar reclamações.
“Como vocês sabem, tenho postado aqui na minha página a minha indignação para com a CP, visto não poder, como qualquer outra pessoa sem mobilidade reduzida andar de comboio depois das 20h30m. Estou no direito de me revoltar com certas situações, certo? De falar sobre elas e de lutar para que mudem, certo? Direitos esses que nem eu nem outras pessoas com mobilidade reduzida teríamos de lutar se quando as coisas tivesse sido feitas tivessem sido feitas para todos (com ou sem mobilidade reduzida), certo?
Pois bem… É domingo, dia quem que decidi ficar em casa. Estava aqui eu, descansada e a relaxar e vi que tinha recebido uma mensagem no facebook. Fui ver e era uma mensagem de uma pessoa que nem tenho aqui como amigo. Era uma mensagem de um revisor, da CP. E diz assim:
[wp_bannerize group=Geral random=1 limit=1]
[highlight]A minha humilde resposta e como mal educada que sou foi:[/highlight]
Perante o que me disse, só tenho uma resposta para lhe dar: Se eu pago bilhete sempre que viajo de comboio, é para ser bem servida como todos os clientes da CP, não quero ser mais bem tratada do que ninguém, quero simplesmente os mesmos direitos que os outros… Quero, por direito, apanhar o comboio onde quiser e à hora que me apetecer. Mal educada? Não estou a ver onde. Quem dera a si conhecer tantos mal educados como eu Eu apenas luto, por um direito que já devia ter direito a ele desde que nasci e quem diz eu diz outros tantos como eu. Felizmente não preciso de nenhum psicólogo mas fique descansado que quando precisar eu mesma procurarei, não tenho problema nenhum nisso, afinal eles existem para nos ajudar, ninguém é doente mental como o senhor diz. E tem razão, não é desta maneira que conseguirei alguma coisa, se calhar vou ter de ir por outros caminhos bem mais viáveis. E nunca me viu a ofender quem quer que fosse, muitos menos os revisores, se fiz reclamações de alguns de vós, estava no meu direito, não fui bem servida, reclamei. Simples. Mas a sua mensagem fica registada. Tenha um bom fim-de-semana. Atenciosamente, cliente da CP Marisa Lino.
Gosto que me ajudem e que depois me mandam as coisas à cara. É um sinal de boa educação para quem me diz ser mal educada.
Será esta uma maneira de me calar?
NÃO ME VOU CALAR. NUNCA!”
in Marisa Lino ( https://www.facebook.com/marisamissrodas?fref=ts )
via Facebook Marisa Lino, Blog O Corvo & Dioguinho