Angélico Vieira morreu há quase 10 anos, a 28 de junho de 2011, vítima de um trágico acidente de viação.
A revista Maria desta semana entrevistou Armanda Leite, uma das sobreviventes do acidente. «Não me lembro de nada do que aconteceu no dia do acidente… Quando acordei do coma não tinha consciência de nada. Estava perdida no tempo. Apenas reconheci o meu pai pela voz».
A ex-modelo ficou dependente de uma cadeira de rodas, não mexe o lado direito e tem sequelas a nível cognitivo. «Estes dez anos do acidente têm sido: casa e fisioterapia… São dez anos que mudaram a minha vida por completo, sei que nada vai voltar a ser como era antes, mas tenho que habituar-me com a vida que tenho agora, porque nada vai voltar a ser o que era… Tenho lutado dia após dia. Lentamente sinto-me mais independente. Já consigo fazer várias coisas sem ajuda. Isso para mim já é uma grande vitória», disse.
Armanda Leite conta com o apoio incondicional do pai: «O meu pai parou a vida dele para viver a minha, deixou tudo trás em Angola, sempre me Ajudou em tudo… Posso chamá-lo de meu herói. É ele que me dá forças para seguir. Nestes dez anos, o meu pai cuidou de mim como poucos pais fariam. Estarei eternamente grata pela dedicação que o meu pai teve comigo. Se ele precisar um dia também estarei aqui por ele».
«Gostaria que durante estes dez anos, tivesse voltado à minha rotina de antes, acabar os estudos, formar-me em advocacia e continuar a seguir moda porque eu adoro. O meu sonho é como de outros sonhadores que se encontram nesta situação: dormir, acordar e ver que não passa de um sonho horrível… A Armanda do futuro tem que lutar com muita dor para conquistar ter tudo de novo», acrescentou.
Armanda Leite recorda o falecido ator e cantor dos D’ZRT com carinho: «O Angélico era um grande amigo. Jamais pensarei que por falarem no Angélico se estão a esquecer de mim. Gostaria que falassem muito mais dele, porque acho que está a ser esquecido».
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