Sandra Felgueiras bateu com a porta da RTP em novembro do ano passado após 22 anos de trabalho.
A jornalista é atualmente diretora da revista Sábado e um dos rostos da CMTV e não está arrependida de ter saído da estação pública, uma vez que considera que “foi um passo muito bem dado”.
“Eu não sou minimamente acomodada ao conforto. Quando não estou bem numa instituição, mudo-me. Não estava bem na RTP há algum tempo, porque sentia que podia fazer mais e melhor e não tinha os recursos necessários, apesar de os recursos existirem na RTP como não existem em nenhum meio privado. E é isso que torna tudo tão triste”, lamentou em declarações à revista TV7 Dias.
Sandra Felgueiras alega que “não estava cómoda na RTP, no sentido em que estava há anos a resistir com uma equipa sempre a ser alterada”, o que a obrigou “a fazer vários alertas às sucessivas direções de Informação”, até que “chegou o dia em que entendi que não ia ser sustentável continuar por muito mais tempo naquele registo”.
“Não gosto de falar do passado. Encerrei o capítulo RTP. Desejo o melhor e as maiores felicidades a todos aqueles que ficaram na RTP. Acho que a RTP é uma casa extraordinária e eu não confundo a instituição RTP com quem a dirige“, atirou.
“Temos todos de ter a honestidade intelectual de não fazer essas confusões. As casas são o reflexo de quem as dirige. Eu conheci várias RTPs, mas para mim só há uma RTP no meu coração. Eu ainda tenho dificuldade em desapegar-me dessa RTP”, acrescentou Sandra Felgueiras.
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