Com 30 anos de carreira televisiva, Jorge Gabriel esteve na SIC durante uma década.
Em entrevista à revista Sábado, o apresentador recordou: “Em 1992 abre a SIC, o Nuno vai para lá e leva-me a um casting para o desporto com o Jorge Schnitzer, e fiquei. Acumulava a televisão com a rádio e o curso de Filosotia, na Católica. O Schnitzer confiou em mim, fiquei a coordenar o programa Os Donos da Bola e depois foram surgindo oportunidades porque estive no sítio certo na hora certa”.
“Houve uma festa de Natal, no [restaurante] Nobre, na Ajuda, onde estava a Carmo Moser e o António Borga, diretores de produção da SIC. Cantámos, brincámos e na segunda-feira a Carmo chamou-me para me mostrar um programa holandês. Era o Sim ou Não. Ela perguntou-me se eu era capaz de o apresentar e disse-lhe: “Claro que sim!””, acrescentou.
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Jorge Gabriel destacou-se no programa “Agora ou Nunca”, que ficou na memória do público devido ao episódio ‘ponha, ponha, ponha’: “Foi a aventura da minha vida! Havia rios de dinheiro para todas as brincadeiras. Fiz três temporadas de Agora ou Nunca e chegámos a ter picos de audiência de quatro milhões de telespectadores. E a seguir foram três anos de Roda dos Milhões. Mantive a carteira de jornalista enquanto apresentava programas de entretenimento e alguns colegas da SIC fizeram queixa de mim à Comissão da Carteira. Houve um conselho de redação em que o tema fui eu e o [Emídio] Rangel disse que só lamentava não ter na estação mais pessoas como o Jorge Gabriel”.
Mais tarde, “O Rangel, a chorar, pediu-me para fazer O Bar da TV porque mais ninguém aceitava. Odeio reality shows, mas não podia recusar um pedido de quem tinha apostado em mim. Fiz aquilo numa missão e correu tudo mal”.
“Quando o Emídio Rangel saiu da SIC, senti-me, eu e outros, perseguido. Fui despedido, mas ao fim de um mês entrei na RTP para apresentar O Preço Certo em Euros”, rematou.
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