Nuno Azinheira, na revista Nova Gente desta semana, dedicou a sua crónica a Cristina Ferreira.
O profissional de comunicação e comentador do “Passadeira Vermelha” começou por recordar o que escreveu no seu Facebook, em 2019: “Cristina Ferreira faz televisão para todos. Podem gostar mais ou menos do tom de voz e do estilo, mas Cristina Ferreira é um fenómeno que só o preconceito impede que seja mais reconhecido publicamente pelas elites”, citou.
“O que escrevi sobre Cristina Ferreira há quatro anos mantém-se hoje completamente válido. (…) Cristina é um fenómeno – a sua carreira e tudo o que construiu, dentro e fora da televisão, é a prova de que não há acasos. Pecará talvez porque o seu ego é ainda maior do que o seu talento, mas cada um é como é, mesmo que tenha de pagar uma fatura por isso”, comentou.
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“O que mudou, então? Mudou a televisão – e Cristina, reconheça-se, ajudou a mudá-la -, mudaram os espetadores. O que Cristina Ferreira começou a fazer nas manhãs da SIC a 7 de janeiro de 2019 foi uma pedrada no charco: era diferente, cheirava a novo, parecia inalcançável. E foi, de facto. Porque em todos os programas que apresentou naquele horário ganhou todos. Só que os tempos mudaram, e apesar de nem tudo estar ainda inventado, há menos caminhos para desbravar. Da cartola de Cristina saem hoje menos truques de ilusionismo e os adversários já sabem o que esperar dela”, acrescentou.
“(…) Cristina não desaprendeu de fazer televisão, mas o seu poder magnético de atrair os espetadores já não é o mesmo. Na primeira semana em que substituiu Maria Botelho Moniz nas manhãs da TVI, a SIC ganhou três dos cinco dias. Até pode, com Cláudio Ramos, vir a ganhar todos daqui para a frente, mas já não é a mesma coisa. O jogo é hoje mais equilibrado: o que era novo já não é tão novo. E, sim, o seu ego gerou anticorpos que muitos espetadores não conseguiram digerir. Ainda? É o que veremos”, rematou Nuno Azinheira.
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