A Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) apresentou queixas no Ministério Público contra influencers por apostas ilegais.
As queixas deram entrada nos passados dias 19 e 24 de junho. Os visados são Bruno Savate (ex-concorrente de reality shows da TVI), Ritinha (YouTube) e Henrique Mota (streamer conhecido por ‘Godmota’), de acordo com o Jornal de Notícias.
Em causa está o facto de estes três influencers publicitarem nas redes sociais, alegadamente a troco de comissões, sites de apostas ilegais que não têm licença do Serviço de Regulação e Inspeção dos Jogos para operar em Portugal.
A Associação afirma que a lista de operadores inclui Betify, Monro, Weiss, BC Game, Stake, Wolfi, Starda e Vem Apostar!.
Frederica Lima, ex-concorrente do “Big Brother 2022” e ex-namorada de Nuno Homem de Sá, comentou o assunto: “Fui contactada por mais que uma empresa de jogos online e confesso que os valores que me propuseram depois de negar várias vezes, chegaram aos 250 euros por cada story no meu Instagram. Podendo fazer dois a três por semana”, começou por escrever num InstaStory, este sábado (29).
“Pareceu-me demasiado simples, demasiado tentador, até recebi os prints e vídeos já feitos de conversas simuladas a dar a entender que realmente resultava e que realmente as pessoas recebiam o dinheiro com aquilo, com simulações de transferências MB WAY entre outras formas. Havia também meia dúzia de perfis (deles) que iriam interagir e simular conversas comigo para enganar as pessoas dizendo que ganharam [dinheiro]. Esquema demasiado fraudulento e fico feliz por, por mais tentador que seja fazer dinheiro fácil, a integridade, essa nunca a perdi”, acrescentou.
“Não estou a julgar influencers, nem faço ideia quem o faz nem se são as mesmas empresas, nem estou a meter todos os sites de apostas no mesmo saco. Mas para aqueles que foram contactados pelas mesmas empresas que eu e o ‘esquema’ era este, lamento. Lamento porque sabiam perfeitamente que estavam a enganar as pessoas. As pessoas que vos seguem, fazem-no porque vos admiram e confiam em vocês. Se estão dispostos até a enganar essas pessoas para obterem dinheiro ou outro benefícios, é mesmo lamentável. Há muitas pessoas a passarem dificuldades e é muito tentador arriscarem o pouco que têm para fazer um dinheirinho, especialmente se incentivados por pessoas em que acreditam, os ‘influencers’. Quem o fez por dinheiro, que repense na responsabilidade social que tem, que peça desculpa a quem enganou e não volte a fazer. É o mínimo”, rematou.
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