Novidades no MB Way, podem trazer dissabores aos portugueses
Podem vir daí taxas, e o Governo já garantiu que está atento ao desenrolar da situação
Atualmente, o MB Way conta com cerca de 5,6 milhões de utilizadores em Portugal, o que demonstra a sua popularidade como método de pagamento móvel.
O serviço foi criado em 2016 pela SIBS, uma empresa que gere o sistema Multibanco em Portugal, e desde então tem crescido significativamente em termos de adesão e funcionalidades. Embora o número exato de utilizadores não seja frequentemente divulgado, estima-se que o serviço tenha ultrapassado os 3 milhões de utilizadores ativos em 2023, refletindo a sua aceitação generalizada entre os consumidores portugueses.
O MB Way permite realizar pagamentos em lojas físicas e online, transferências entre utilizadores, e até levantar dinheiro em caixas multibanco, tornando-se uma solução prática e versátil para o dia a dia dos portugueses. Para mais informações sobre a adesão de bancos e funcionalidades, é recomendável visitar o site oficial do MB Way ou consultar o seu banco.
Acontece que irá entrar em vigor novas funcionalidades, mas segundo o que surgiu na imprensa, podem vir a ser introduzidas taxas para o utilizador.
Deco deixa aviso para aumento das comissões no MB Way
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) alerta para a possibilidade de um aumento significativo nas comissões por transferências. A associação explica que a ligação do MB Way às contas bancárias poderá transformar estas transações entre utilizadores em “transferências imediatas”. Isto significa que poderão estar sujeitas ao preçário específico para este tipo de operações e deixarem de estar limitadas pelas regras atuais, que diferenciam as taxas de transferência segundo o meio utilizado: 0,2% para cartões de débito e 0,3% para cartões de crédito, sempre que as transações ultrapassam o limite gratuito.
Governo atento à situação
Um exemplo prático refere-se a um aumento potencial de 10 para 80 cêntimos em transferências de 40 euros, o que a Deco classifica como “excessivo e desproporcional”. Para abordar esta problemática, a Deco enviou uma carta com caráter urgente aos Ministérios da Economia e das Finanças. O governo já respondeu, afirmando segundo a RTP, estar a “acompanhar atentamente” a questão.