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Big Brother ‘salvou’ a TVI há 25 anos mas mexeu com a TV na Europa e no mundo

No MIPTV Media Market no início de 2001, este tema foi discutido e foi admitido que este formato tirou da "miséria de audiências" muitos canais.

O Big Brother está em Portugal há 25 anos, e hoje arranca a edição 2025, que vai festejar essa data.

A TVI que andava à rasca de audiências naquela altura, pode-se dizer que foi «salvo» pelo Big Brother, que a SIC tinha recusado «comprar» à Endemol. Erro total. Contudo, não foi só em Portugal que este formato «salvou» estações de televisão.

No MIPTV Media Market no início de 2001, este tema foi discutido e foi admitido que este formato tirou da “miséria de audiências” muitos canais por onde passaram, esteve presente no Top 10 dos programas mais vistos de 2000 em cinco países, entre os quais Portugal.

Os números não enganam: Espanha, Itália, Bélgica e os Estados Unidos são os outros países cujos telespectadores manifestaram grande preferência pelo formato, apenas ultrapassado pelo êxito internacional de Quem Quer Ser Milionário?, que esteve no Top 10 de 14 países, Portugal excluído destas contas.

Estes dados foram revelados em 2001 pela Eurodata TV durante o MIPTV, e onde estavam dados de audiências de 64 países de todos os continentes.

Nos vários países onde foi produzido, o Big Brother obteve uma quota de mercado, no que respeita a audiências, superior à média de “share” dos canais onde foi, ou é, exibido. Em mais de um caso, nomeadamente em Portugal e Espanha, o programa constituiu mesmo uma espécie de âncora de salvação dos canais onde foi exibido.

A TVI, recordo, começou o ano com uma quota de mercado que rondava os 17% para o acabar com um “share” de 31,3%. O Big Brother foi um dos grandes responsáveis, e por isso mesmo mal terminou o BB1, ainda em janeiro (2001), a TVI lançou a segunda edição para que desta forma não houvesse uma quebra.

Um detalhe muito interessante, é que (como em Portugal), o Big Brother não ter sido transmitido em canais líderes, mesmo quando a sua potencialidade de êxito já estava demonstrada. Até na Alemanha, país onde foi levado aos ecrãs pelo gigante RTL, foi no canal 2 da cadeia que os telespectadores puderam assistir ao concurso.

Os especialistas na altura diziam que produzir este tipo de programa era um risco, que somente canais com «dificuldades» iam correr, e na Espanha, alguns patrocinadores mesmo antes de o ‘gran hermano’ ter início, alguns abandonaram o projeto. Basicamente os canais lideres tiveram «medo» porque já tinham uma «imagem estabelecida».

O outro fato terá sido que a grelha do canal teria de sofrer várias alterações, porque tinham vários diários e diretos, a TVI, por exemplo, tinha o primeiro diário logo pelas 12h, depois pelas 15h, 17 e ainda à noite.

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