
Maria Vieira continua a dar que falar com as suas polémicas publicações nas redes sociais.
Na semana passada, Luís Osório dedicou um ‘Postal do Dia’ (na Antena 1 e no Facebook) à ex-atriz, com o título “Maria Vieira traiu a vida”. “Pensei três ou quatro vezes antes de escrever este postal por nada acrescentar. E quando não se tem nada a acrescentar, quando é difícil encontrar um ângulo novo ou uma distinta abordagem, mais vale estarmos quietos. É uma regra importante, mas não a vou cumprir por ser mais forte do que eu”, começou por escrever.
“Maria Vieira escreveu sobre o Papa umas horas após a sua morte. Disse que traíra os valores cristãos por ser socialista e publicou uma fotografia de Francisco com um cachecol LGBT – uma imagem comprovadamente falsa. Maria Vieira não foi uma atriz qualquer. Teve um percurso artístico com sucesso popular, trabalhou com alguns dos maiores na televisão e no teatro, viajou bastante e foi amiga de gente inteligente e com princípios, gente de direita e de esquerda. Maria cresceu numa família preocupada com os excluídos e muito contrária ao Portugal de Salazar. Não sei muito sobre a sua mãe, creio que se chamava Maria Helena. Mas o pai João era próximo do Partido Comunista e a pequena e talentosa filha seguiu-lhe as pisadas durante os primeiros largos anos de carreira. Maria Vieira esteve também muito doente, quase um mês em coma. Os médicos não confiavam que sobrevivesse, mas conseguiu resistir a uma gravíssima septicemia”, recordou.
“Os anos de trabalho como atriz, as constantes viagens que fez, o passado dos pais e a sua experiência de quase morte poderiam ter feito o seu caminho. Torná-la humana. Empática. Séria. Boa pessoa. Generosa com a vida. Mas não foi isso que aconteceu. Maria Vieira faz-me pena. Não por ser de direita, era o que faltava. Há pessoas extraordinárias e luminosas de direita. Humanas. Empáticas. Sérias. Boas pessoas. Generosas com a vida. Aliás, Maria Vieira nem sequer é de direita. É apenas uma mulher que diz coisas horríveis. Que é má, perversa, pouco séria. Não há qualquer luz ali, apenas sombra, ressentimento. Não consigo compreender, mas tenho pena por ter desperdiçado tudo o que a vida lhe ofereceu. A vida deu-lhe jardins floridos e ela retribuiu em troca com ervas daninhas e raiva. Não é destino que se deseje ao pior inimigo”, rematou o jornalista.