Cristiano Ronaldo duramente criticado na SIC: “não devia pensar apenas em si, no seu ego. Vai ficar com má imagem”
A ausência do capitão da Seleção levanta críticas e deixa uma mancha num momento de dor coletiva.

Foi com enorme comoção que Gondomar se despediu esta manhã de Diogo Jota e André Silva. Centenas de pessoas, entre familiares, amigos e figuras do desporto, reuniram-se para prestar a última homenagem aos dois irmãos.
A ausência de Cristiano Ronaldo, capitão da seleção portuguesa, não passou despercebida, e está a dar que falar.
Ribeiro Cristóvão, da SIC Notícias, deixou algumas críticas, contudo antes deixou palavras de apreço a Diogo Jota, “Estamos a viver, realmente, dias terríveis, porque para trás ficaram duas figuras importantes do futebol português, maior destaque, naturalmente, para Diogo Jota”.
Mesmo aqueles que, enfim, tendo outros clubes, gostam de futebol e gostam de jogadores que praticam futebol com seriedade”, frisou ainda o comentador desportivo.
Lembrou a dimensão humana do jogador que representava o Liverpool há cinco anos, “deixa-nos uma memória inapagável, porque foi um jogador de excelência, mas foi também, sobretudo, um grande ser humano”. E foi precisamente esse lado humano que o levou a lembrar e partilhar um testemunho recolhido em Liverpool, por Emanuel Nunes, que marcou a sua manhã. Uma mãe inglesa, acompanhada do filho de seis anos, disse palavras tocantes: “Diogo Jota foi o tipo de referência que queremos para os nossos filhos”.
Diogo era discreto, reservado, longe das luzes e das entrevistas fáceis, vivia para o jogo e para os seus. “Era muito dedicado à família, mas deixa uma marca muito profunda e muito importante”, reforçou, Ribeiro Cristóvão não deixou de citar o capitão do Liverpool, Virgil Van Dijk, que, abalado com a notícia, escreveu: “Não quero acreditar, estou profundamente devastado e em total descrença. Que ser humano, que jogador, mas, acima de tudo, que pai de família”.
NÃO DEVIA PENSAR SÓ NO SEU EGO
Ribeiro Cristóvão foi depois bem duro nas palavras e lamentou a ausência de Cristiano Ronaldo na homenagem a Diogo Jota, destacando que “os dois sub-capitães da Seleção, Ruben Dias e Bernardo Silva, estiveram presentes”, mas o capitão não.
Sem contemplações, “Cristiano Ronaldo tinha a obrigação de estar presente”, não apenas por respeito à equipa, mas também por consideração pessoal: “não pensar apenas em si, no seu ego, mas pensar também naqueles que lhe são próximos”.
A ausência do jogador, sem explicação pública até o momento, deixou uma má impressão: “todos os portugueses vão ficar com esta má imagem de Cristiano Ronaldo e eu sou um deles”. Por fim, sugeriu que a Federação ou a Liga crie um prémio com o nome de Diogo Jota, para que “o nome dele seja perpetuamente ligado ao futebol”.