
Susana Dias Ramos sem explicar-se muito, fez uma publicação comovente nas redes sociais, acerca do luto.
“O luto não pede licença.Não bate à porta. Não espera que estejas forte.Chega. Cruel, covarde, hipócrita. Dizem que o tempo cura. Mentem.O tempo distrai. O luto não.Ele esconde-se. Mas não parte. E volta… volta sempre. No cheiro a café com leite. Naquela música no carro. Num lugar qualquer que já foi tudo”, começou por dizer.
“Numa palavra dita por outra boca — e que era dele. Ou dela. Volta quando menos se espera. Num dia banal. Num sorriso que queres dar, mas não podes.Num abraço que o corpo ainda espera, mas nunca mais vem. Nunca mais… E é aí que ele parte-te outra vez. Com a força de quem nunca partiu realmente. Com a brutalidade do nunca mais. Ninguém te prepara para o vazio. Para a cadeira que ficou vazia. Para o nome que evitam dizer. Para as datas que agora são punhais.
O luto é uma ferida que cicatriza por fora, mas que não se cura por dentro. É um grito mudo. Um pranto escondido. Um “estou bem” que quase nunca é verdade. E mesmo assim… seguimos. Aprendemos a rir com a dor ao colo. A viver com metade do coração. A fazer de conta. Mas há dias… Há dias em que a saudade grita tão alto que não se ouve mais nada.”
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