
Susana Dias Ramos deixa um texto chocante acerca de Teresa Caeiro, a ex-mulher de Miguel Sousa Tavares.
“Morreu cedo demais. Consta que por opção. Consta que a dor foi maior do que ela. Consta que terá sido vítima de violência, de depressão, de abandono. Consta. Mas ninguém sabe ao certo. O que sabemos é que morreu sozinha”, começa por escrever.
A reflexão, um autêntico desabafo, quase em forma de manifesto. A antiga comentadora da TVI, Susana Ramos Dias Ramos, não poupou críticas ao que considera ser uma contradição: a ausência em vida e a presença ruidosa após a morte.
“E agora, nas redes, chovem homenagens. Textos bonitos, frases feitas, saudades públicas. Mas onde estavam quando ela precisava? Onde estavam quando o silêncio dela gritava? Onde estavam quando os olhos dela pediam socorro?”, questiona.
O texto, ainda, desmonta a ideia de amizade reduzida a publicações póstumas. “Não me venham falar de amizade em posts bonitos depois da morte. Amizade é estar presente antes. É sentar-se ao lado no escuro. É ouvir o silêncio e perceber que ele pesa mais do que mil palavras. Amizade não é homenagem póstuma. É vida partilhada. É dor dividida.”
