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A crise do Governo e a moção de confiança. Santana Lopes deixa farpas ao Marcelo Rebelo de Sousa

"se ele tivesse sentado aqui nesta minha cadeira, Presidente de Câmara ou de outro Presidente de Câmara, ele entenderia perfeitamente que ir para eleições é algo muitíssimo prejudicial para o país"

A crise do Governo continua a dar que falar, e a moção de confiança se for rejeitada, temos novas eleições. Para já o CDS conseguiu que os trabalhos fossem suspensos.

Santana Lopes, o presidente de Câmara da Figueira da Foz e comentador do Canal NOW, deixou várias críticas à forma como ao presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Eu gosto muito, pessoalmente, e não só, do Presidente da República, mas se ele tivesse sentado aqui nesta minha cadeira, Presidente de Câmara ou de outro Presidente de Câmara, ele entenderia perfeitamente que ir para eleições é algo muitíssimo prejudicial para o país”, começa por dizer Santana Lopes.

Santana Lopes não entende porque não deu mais margem de manobra, “eu acho que ele sabe isso, eu não percebo ele que até uma pessoa tão extrovertida, que gosta tanto de falar, gosta tanto de se relacionar com os outros, gosta até tanto de ser fora da caixa, ter atitudes não habituais, porquê que ele não deu espaço?”

“tenho pena que seja assim, mas as relações de facto com este Governo não correram nem pouco mais ou menos tão bem como com o Governo de António Costa, em determinadas alturas. Também houve, nomeadamente na altura da saída do Ministro de Galamba, houve alturas de grande colisão, como se sabe. Mas com este Primeiro-Ministro, que é mais um hospital de estilo cavaquista, não correu bem, como Cavaco lidava com Mário Soares, não correu bem.”

“Montenegro foi ser muito frio com ele, distante, não estou a culpá-lo, é um facto, e Marcelo, de facto, não estava satisfeito, como chegou a dizer várias vezes em público, o que é extraordinário. Até nos cumprimentos de Natal ele disse, acho que é uma necessidade do Primeiro-Ministro falar mais com o Presidente, haver mais cooperação estratégica. E, portanto, dessa maneira, como ele veio a dizer as eleições são do dia tal ou do dia tal, parecia que estava a despachar, de facto, o Primeiro-Ministro e o Governo, desculpe-me, a expressão, e eu não posso concordar com isso.” – rematou.

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