Carlos do Carmo morreu aos 81 anos e foi agora revelada a causa da morte de forma oficial pela sua editora.
Foi vítima de um pós-operatório a um aneurisma da aorta abdominal. (sabe mais aqui)
Várias caras conhecidas começaram a reagir à morte do fadista e Nuno Santos da TVI foi um dos primeiros.
«A passagem do tempo e o contacto com as novas gerações, não apenas do fado, deram a Carlos do Carmo o aplauso geral que o seu talento de intérprete único sempre justificaram, mas que razões várias, lhe negaram talvez até à viragem do século.
Voz timbrada, palavras ditas na cadência certa, repertório de grandes escritores de canções e relevantes serviços prestados ao fado colocam-no numa galeria de imortais onde já estavam Amália, Marceneiro ou Hermínia.
Sim, o ano ainda agora começou e já estamos mais pobres.
Os meus sentimentos à família, com um beijo especial à Cila e um abraço ao Gil, a quem devo agora não uma, mas duas chamadas.»
Diogo Infante, «Carlos do Carmo deixou-nos hoje, assim, sem aviso e a abrir o novo ano. Fica a sua música, a sua voz e um contributo inestimável para o reconhecimento do Fado como património imaterial da Humanidade… a toda a sua família, um sentido abraço».
Herman José «Recuso-me a evocar o Carlos com tristeza. O meu desgosto é largamente mitigado pela memória de um amigo luminoso, presente, o mesmo que sempre me abraçou, apoiou e defendeu. Grato, culto, lutador, inquieto, encantador e sobretudo maior do que a própria vida. O Rei morreu, viva o Rei».
O Goucha deixou igualmente uma pequena nota, «Carlos do Carmo. O Charmoso. Senhor do Fado e de Lisboa. 1939-2021».
Carlos do Carmo não era só um notável fadista, que o público, a crítica e um Grammy consagraram. Um dos seus maiores contributos para a cultura portuguesa foi a forma como militantemente renovou o fado e o preparou para o futuro.
— António Costa (@antoniocostapm) January 1, 2021