A propósito das Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, José Carlos Malato fez um desabafo no Instagram.
“Sobre os que acolhem jovens em suas casas ou nas paróquias pende a dúvida e o vitupério a que os abusadores clericais os condenaram. O que é pena, porque há pessoas decentes – a maioria. A única forma de se verem livres dessa ignomínia é apontarem os culpados, estes serem julgados e as vítimas ressarcidas“, começou por escrever.
“É revoltarem-se contra o branqueamento que esta jornada patrocina. Até lá serão todos, presumivelmente, não confiáveis. Lobos com pele de cordeiro. Quem entrega os filhos a esta gente é cúmplice e irresponsável. Deus queira que esta Jornada não dê lugar a um novo vale de lágrimas! Sei o que digo porque a religião e os religiosos deram cabo da minha vida. E disso nunca mais vou recuperar“, acrescentou.
“Os milhões gastos não serão suficientes para resgatar uma só criança abusada. Uma vida, indelevelmente, destruída. Estamos cá para ver. Disse“, rematou o apresentador da RTP.
Na sua crónica semanal na revista Vidas do Correio da Manhã, Adriano Silva Martins comentou: “Sou solidário com o sofrimento que passou. Sou mais que solidário, estou com ele. Mas quando acusa os que não pensamos como ele de branquear os abusos na igreja, entristece-me e afasta-me“.
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