O processo contra Nuno Homem de Sá acaba de ganhar novo capitulo, com o advogado de Frederica Lima, apresentou a meio da tarde de hoje, quarta-feira, 10 de setembro, um Ministério Público, um ‘requerimento de aplicação de medidas de coação’.
O advogado de Frederica Lima apresentou um requerimento pesado, pedindo medidas de coação severas contra o ex-ator da TVI, acusado de violência doméstica, perseguição, ameaças, difamação e uma série de condutas que, segundo a vítima, têm vindo a colocar em causa a sua dignidade, segurança e tranquilidade.
Na documentação a que o DIOGUINHO teve acesso, é descrito que ‘existem fortes indícios de que o arguido’, “pode fugir ao país, não só pela sua notoriedade pública e recursos económicos, mas também pelas raízes familiares que mantém nos Estados Unidos da América, onde residem familiares [filho] próximos, e pelas manifestações feitas nas suas redes sociais em que deixa antever a intenção de se ausentar de Portugal“.
O documento descreve um cenário de verdadeira escalada de abusos, que não se teria limitado ao fim da relação. Pelo contrário: “a criação sistemática de perfis falsos em redes sociais utilizados pelo arguido para manter contacto abusivo e intimidatório” é apontada como prova de que a perseguição continua, mesmo depois da justiça ter sido chamada a intervir.
Além disso, o requerimento fala em “chamadas anónimas recorrentes” e em mensagens de teor ameaçador, muitas vezes através de intermediários, incluindo membros da própria família de Frederica Lima. A isto juntam-se episódios concretos de agressões físicas, “pontapés e agressões com objetos” e testemunhos que ligam o ator a consumos excessivos de álcool e drogas, inclusive na presença de menores.
“Estes factos demonstram de forma clara a persistência da conduta criminosa, o risco elevado de reiteração e a capacidade de instrumentalização de terceiros e meios digitais para prolongar a violência”, lê-se no requerimento que a equipa do Dr Pedro Nogueira Simões enviou ao tribunal de Torres Vedras.
A defesa de Frederica lembra que o arguido tem raízes familiares [Filho] nos Estados Unidos e que, nas suas próprias redes sociais, já deu sinais da intenção de se ausentar do país. Essa possibilidade, somada à notoriedade pública e à facilidade de acesso a recursos, é invocada como argumento para justificar a urgência das medidas.
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Face a tudo isto, o advogado Pedro Nogueira Simões pede ao tribunal a aplicação de medidas de coação que incluam: proibição total de contactos, diretos ou indiretos, com a vítima; afastamento da sua residência e local de trabalho; proibição de publicar ou difundir nas redes sociais qualquer conteúdo relacionado com Frederica ou com o processo; apresentações periódicas em posto policial. E, se nada disto for suficiente, então que seja decretada a prisão preventiva.
O requerimento termina de forma incisiva: “Só com a aplicação de medidas adequadas se garante a proteção da vítima, a tranquilidade social e a boa marcha da investigação criminal.”
