Alexandra foi acompanhante de luxo

Ao chegar a Albufeira, no final da tarde, Ana foi ter com Anthony, que a levou até sua casa para deixar as malas de viagem. Depois, levou‑a a um jantar no bar Wild&Co., do Grupo Liberto Mealha. Durante este tempo, tentou falar com a ex‑concorrente, mas sem sucesso. Apenas mais tarde, já durante o jantar, ambas encontram‑se naquele espaço noturno e é nessa altura que Ana confronta a amiga com o seu silêncio e com a falta de apoio. “Disse‑lhe que devia haver ali algum erro e perguntei‑lhe onde é que eu ia dormir. Ela disse‑me para ir com o Anthony e que não queria falar mais porque estava a trabalhar”, explica.

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Apanhada na rede

Na noite do jantar no Wild&Co., Ana Moreira conhece uma funcionária daquele espaço noturno, que a alerta para tudo o que se estava a passar. “Na altura fui falar com a Xana, a rapariga que trabalhava lá, para lhe pedir ajuda. Disse‑lhe que tinha combinado com a Alexandra, mas que ela nunca mais me tinha dito nada. Ela disse‑me que eu tinha ido meter‑me logo com uma rica pessoa, para ter cuidado porque não era de confiança. É aí que me conta a sua vida lá em baixo e que eu me apercebo que estava ali para o mesmo e que a Alexandra nunca me tinha dito nada sobre isso.”

 Ana Moreira acrescenta ainda que Xana, a barmaid, lhe explicou que “tinha clientes durante o dia e que à noite trabalhava no bar e que fazia muito dinheiro, cerca de €3 mil por mês. Até hoje, nunca mais a vou esquecer por causa disso. Foi ela que, no fundo, me abriu os olhos”.

É aqui que a jovem começa a suspeitar que o convite de Alexandra tinha uma segunda intenção: recrutá‑la para serviços de acompanhante de luxo. “Comecei a achar que pudesse ser para acompanhante, isto é uma ilação. Eu simplesmente achei a história estranha e fiquei com medo e depois, como a rapariga disse que fazia aquele trabalho, pensei que pudessem estar a achar que eu ia lá para o mesmo, mas não ia. Fui fazer figura de ursa.”

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 Ameaças e insultos

Ao aperceber‑se do que estava ali a fazer, Ana decide fugir e instalar‑se num hotel nas imediações. Por volta das 04.00 H da manhã, recebe uma chamada de Alexandra a “dizer que estava à porta do apartamento sozinha e que precisava da minha ajuda. Eu disse que não a ia ajudar porque pensei que ela me ia fazer mal ou que me queria ir buscar para aquilo. Confesso que, nessa noite, insultei‑a porque fiquei magoada por ela ter feito aquilo. Perguntei que amiga é que ela era. A Alexandra só me disse que era para eu abrir os olhos e não confiar tanto nas pessoas e que eu já sabia para o que ia. Depois, insultou‑me do pior”.

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