Amesterdão mantém ‘coffeeshops’ abertas aos turistas
O governo holandês pretendia limitar a obtenção e uso de drogas por parte dos turistas, vedando o acesso às famosas ‘coffeeshops’. Mas a última decisão é do poder local e o autarca de Amesterdão decidiu manter o livre acesso aos 220 espaços existentes na cidade.
O governo holandês anunciou, em 2009, uma nova abordagem à compra e utilização, por parte de estrangeiros, de drogas leves adquiridas nas tradicionais ‘coffeeshops’ de Amesterdão, para reduzir o crime nas zonas adjacentes.
Mas o novo executivo, eleito em Setembro decidiu transferir a última decisão para o poder local. E o autarca de Amesterdão, Eberhard van der Laan, anunciou que o acesso de turistas não será proibido na cidade.
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“Os turistas podem continuar a visitar as 220 coffeeshops de Amesterdão, mesmo se não residirem na Holanda”, referiu Eberhard van der Laan ao jornal holandês “Volkskrant”, na quinta-feira.
Se a proibição fosse para a frente, defende o autarca holandês, “1,5 milhões de turistas não iriam dizer ‘então, acabou-se a marijuana’, iriam em enxame procurar drogas em toda a cidade”.
“Isso iria levar a mais roubos, a mais rixas por causa de droga falsa, e acabaria o controlo da qualidade da droga que está no mercado”, disse, acrescentando que tudo pelo qual se trabalhou no passado iria ser perdido para originar uma situação muito pior.
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Além do controlo da qualidade da droga que é vendida, Eberhard van der Laan destacou ainda que o atual sistema permite vender apenas a consumidores com mais de 18 anos.
Em Maio deste ano, numa primeira fase, entrou em vigor a restrição do consumo de canabis aos cidadãos holandeses em três províncias no Sul do país. Em Maastricht, registou-se um aumento da venda de droga na rua.