
Portugal ficou em choque. Três dias depois do trágico acidente, na A1, perto de Estarreja, na madrugada de 25 de junho, Angélico Vieira acabou por não resistir aos ferimentos e faleceu aos 28 anos, a 28 de junho de 2011.
Esta semana, na terça-feira, dia 25, Edmundo Vieira – grande amigo e colega de ‘Morangos com Açúcar’ e nos D’ZRT – apresentou uma música dedicada ao amigo: “Há 14 anos, neste dia, recebi a notícia de um acidente que mudaria a minha vida. Desde então que o trago sempre comigo”, revelando que escreveu uma canção, intitulada ‘Saudade‘, e que ficará disponível nos próximos dias.
Rita Pereira, ainda hoje ligada à mãe de Angélico, com quem costuma falar, que manteve um grande amor com Angélico, não deixou a data em branco e, nas redes sociais, sem palavras, a estrela de Terra Forte, a próxima novela da TVI, partilhou um coração branco, num fundo negro.
Catorze anos depois, está agendada missa de homenagem a Sandro Milton Vieira Angélico.

O percurso pelo grande sucesso de Angélico, que ficará para sempre nos corações dos fãs, começou aos 21 anos como modelo na agência DXL Models. Frequentava o 3.º ano de Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, quando surgiu a oportunidade de entrar para os “Morangos com Açúcar”, na pele de David. E, foi na mítica série da TVI, que serviu de rampa de lançamento aos D’ZRT.
Foi apresentador do programa “Clube Morangos”. Trabalhou no Brasil, na telenovela Dance Dance Dance. Nessa altura chegou a namorar com Eliana, célebre apresentadora do país irmão.
Depois de três anos, os quatro elementos dos D’ZRT decidiram que era tempo de terminar e, em 2008, foi lançado o disco ‘A Despedida’. Angélico Vieira continuou na música e o seu primeiro álbum a solo, de nome “Angélico“, saiu a 29 de Setembro de 2008.
Em 2009 apareceu na telenovela Doce Fugitiva, da TVI e teve destaque também em Feitiço de Amor, do mesmo ano. Deu voz ao príncipe Naveen no filme A Princesa e o Sapo e foi jurado do programa “Uma Canção Para Ti”. Em 2010 apareceu ainda em Espírito Indomável, onde fez de Simão Teixeira.
Às 15 horas de 28 de junho de 2011, o seu estado clínico foi declarado irreversível. Durante a tarde, constataram sua morte cerebral. Às 23h40, as máquinas foram desligadas e foi declarado oficialmente o óbito.
“Em memória do meu filho, Sandro Milton Vieira Angélico (Lisboa, 31,12,1982 – Porto, 28,06,2011)”. É isto que pode ser lido logo nas primeiras páginas do livro “Nunca te Esquecerei”, escrito pela mãe, Filomena Vieira Angélico, mãe do falecido cantor e ator Angélico Vieira.
Filomena contou com o apoio de Rita Pereira e do pai do seu filho, Milton Angélico, nesse momento emocionado: “Quero mais uma vez agradecer a todos vocês, que ao fim ao cabo, fizeram um acréscimo à minha família. Porque família não é aquela, como costumo dizer, que tem o nosso sangue. Família é aquela que nos acompanha e nos aceita do jeito que somos. Ele bem dizia: ‘Mãe, eu hei-de aumentar a família’. Não aumentou da forma que realmente eu pensaria que fosse acontecer e que pela regra geral costuma acontecer, mas conquistou os vossos lindos corações, que são a razão da minha força e existência ao longo deste tempo. Não sei, não tenho palavras, mas peço-vos de todo o coração, a quem me tem dado a força para eu realmente poder e ter conseguido aguentar-me até à data presente. Não foi fácil, não tem sido fácil, nem nunca poderá ser. Agradeço-vos pelo acréscimo familiar, vocês fazem parte de mim. Os grandes amigos, não vou enunciar nenhum, são todos vocês que ao longo da carreira do meu filho fizeram parte, que contribuíram para que aquele sorriso fosse mais liberto e aquela ingenuidade no rosto fosse demonstrada perante todos vós. Mais uma vez agradeço-vos. Obrigada, estamos juntos”.
Ainda hoje, Filomena Angélico sente a presença do filho: “Nunca será fácil, está comigo todos os dias”