António Costa, o antigo Primeiro Ministro, esteve na TVI à conversa com Cristina Ferreira, e falou do que o levou a demitir-se.
O antigo Primeiro Ministro, revelou o motivo que o levou a demitir-se do cargo, mas esta forma de estar na vida (sem nenhum cargo), “há assim, pequenos luxos que se ganham (…) ter o telemóvel desligado à noite, não ter que pôr o despertador”.
Entre a demissão de 7 de novembro e 2 de abril, “foram longos meses (…) deu para gerir as emoções, deu para arrumar as coisas. Portanto, quando no dia 2 já saí de casa para a tomada de posse do Luís Montenegro, já saí com total tranquilidade e pronto, com uma nova vida.”
Conta que anda na vida política desde 1995, e confessa “nunca ninguém tinha posto em causa a minha honestidade (…) Isso dói. Isso dói. Mas também para mim era muito claro que para quem é Primeiro-Ministro, o Primeiro-Ministro não é um membro do Governo como os outros. Não pode haver uma suspeição oficial sobre a sua probidade. Isso põe em causa a sua autoridade. A autoridade do Primeiro-Ministro não resulta só daquelas competências que a Constituição e a lei atribuem-lhe, mas daquilo do respeito e da relação que tem com os portugueses, com os cidadãos e, portanto…”
A decisão de demissão foi rápida, “quando vi aquela suspeição oficial, para mim foi muito claro e, portanto, entre o comunicado e a minha comunicação, correu muito pouco tempo, do tempo de eu falar com o Presidente da República, de informar o Presidente da República”.
Confessa que falou com a esposa, “falei com a Fernanda e ela também não teve a menor dúvida do que é que havia a fazer. Era muito claro para nós o que é que havia a fazer, pronto”
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