APAV propõe que idosos possam deserdar filhos para responder ao abandono
Relatório foi apresentado no Dia Internacional da Pessoa Idosa
Hoje, 1 de Outubro, é o Dia Internacional da Pessoa Idosa, e foi conhecido o relatório elaborado em conjunto pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a Fundação Gulbenkian com 30 recomendações para integrar melhor os idosos na sociedade.
No documento «Portugal Mais Velho», existe um ponto onde se pede que seja revisto o Direito Sucessório.
“Na prática, um idoso maltratado por um filho tem sempre de lhe deixar parte do seu património, mesmo que não seja essa a sua vontade e mesmo que tenha havido uma situação de violência ou de abandono total. Alterar isto poderia ser uma resposta eficaz às situações de abandono“, explicou a jurista Marta Carmo ao Público.
O relatório ainda propõe que de forma a conter os maus-tratos, se aposte na formação de cuidadores de idosos, seja de instituições, cuidadores informais e familiares.
Ainda propuseram benefícios fiscais, “Estes incentivos respondem ao problema mais do que a criminalização do abandono. Muitas vezes, as famílias abandonam os seus idosos nos hospitais, nomeadamente, porque não têm rendimentos que lhes permitam renunciar ao emprego para cuidar deles“.