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“Ataque difamatório”: Sousa Tavares abandona Record após Armando Esteves Pereira reforçar “relação tóxica ” de Teresa Caeiro

"No momento da trágica morte de Teresa Caeiro ninguém sente mais a dor da sua partida do que a família...."

“O Director adjunto do Correio da Manhã [Armando Esteves Pereira] dirigiu-me do nada um ataque difamatório de uma tamanha gravidade que, obviamente, não passará sem consequências. E a primeira delas é abandonar um jornal que pertence ao grupo empresarial e editorial do CM…”

Nesta quarta-feira, 20 de Agosto, e depois de Miguel Sousa Tavares ter vindo a público garantir que vai agir judicialmente contra Armando Esteves Pereira, o Diretor-geral editorial adjunto do Correio da Manhã volta a escrever sobre Teresa Caeiro, cujas cerimónias fúnebres estão marcadas para amanhã.

O texto recorda que a ex-mulher de Sousa Tavares foi encontrada em casa sem vida aos 56 anos: “No momento da trágica morte de Teresa Caeiro ninguém sente mais a dor da sua partida do que a família. Por isso, expresso os meus sentimentos. Mas como escreveu uma sábia artista: ‘Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar’.”

"Ataque difamatório": Sousa Tavares abandona Record após Armando Esteves Pereira reforçar "relação tóxica " de Teresa Caeiro
“Ataque difamatório”: Sousa Tavares abandona Record após Armando Esteves Pereira reforçar “relação tóxica ” de Teresa Caeiro

E continua: “A Teresa era uma mulher valorosa e gentil, a sua memória merece todo o respeito. E em honra dessa memória, devo-lhe mais do que uma homenagem, tenho o dever de não aceitar uma narrativa socialmente mais conveniente, porque é falsa”.

Esteves Pereira garante que “todas as pessoas amigas conheciam o seu drama. Houve uma relação tóxica na sua vida que lhe mudou mais do que a aparência e deixou marcas profundas no seu ânimo e afetou a sua saúde. Repito e espero que esta seja a última vez que me refiro a esta trágica história: a Teresa é uma vítima não contabilizada de violência doméstica em Portugal”.

“(…) E ao contrário do que se possa pensar, este crime covarde é igualmente brutal em todos os estratos e classes sociais. Não é um assunto exclusivo de famílias pobres e desestruturadas. Da casa mais humilde ao endereço mais luxuoso abundam histórias de horror escondidas por quatro paredes. (…) Apesar de já ser um crime público, ainda prevalece o velho ditado: ‘Entre marido e mulher, não metas a colher’“, acrescenta

E explica: “Não denunciei este caso de ânimo leve, para mim tratou-se de um imperativo ético. Não sou um cavaleiro andante, nem procuro nenhum tipo de vingança pessoal, mas a morte de Teresa provocou-me, além da dor de perder uma amiga, um profundo remorso por a ter travado num processo que ela ponderava. Nunca andei em ‘bicos de pés’, nem nunca procurei nenhum tipo de protagonismo. Acredito que o jornalista tem o dever de dar notícias, não ser protagonista delas. Mas estou de consciência tranquila. Nasci na Serra da Estrela, onde ainda se preza a honra. O bom-nome e a reputação são os bens mais preciosos que tenho. Não admito que ninguém coloque isso em causa“, remata, na edição de hoje do CM.

Miguel Sousa Tavares adiantou ao 24 Horas que o caso segue para a justiça: “Vou fazer o que tenho de fazer, não só para defender a minha honra, mas também a memória da Teresa”.

Entretanto, e por causa desta polémica, o comentador da TVI escreveu a nota de despedida da coluna que mantinha no jornal Record.

“É sempre triste dizer adeus, sobretudo quando a despedida é inesperada e motivada por razões mesquinhas. Hoje despeço-me dos leitores do Record, pondo fim a uma colaboração feita a pedido do seu director Bernardo Ribeiro e que muito prazer me deu. Mas há circunstâncias que não nos permitem compactuar com o que não tem conciliação possível. Eu sei bem que quando se tem opinião publicada, de forma regular e sem fugir à controvérsia, criam-se admiradores, mas também adversários e inimigos.
O director adjunto do Correio da Manhã dirigiu-me do nada um ataque difamatório de uma tamanha gravidade que, obviamente, não passará sem consequências. E a primeira delas é abandonar um jornal que pertence ao grupo empresarial e editorial do CM, muito embora nada haja de comum entre o jornalismo que aqui se faz e aquilo que se faz no CM. É com pena que me despeço dos leitores, mas não havia volta a dar”.

"Ataque difamatório": Sousa Tavares abandona Record após Armando Esteves Pereira reforçar "relação tóxica " de Teresa Caeiro
“Ataque difamatório”: Sousa Tavares abandona Record após Armando Esteves Pereira reforçar “relação tóxica ” de Teresa Caeiro
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