A Comissão dos Trabalhadores da RTP denunciou esta semana “O magno problema das pequenas baratas”.
“Achar uma barata no prato onde vamos comer será talvez mais chocante do que imaginá-la a passear-se nos tabuleiros de onde esse prato é servido. Mas o problema não é só a barata que se vê, porque as muitas mais que podemos imaginar não são, neste caso, mero produto de fantasia. No sábado, houve um colega a quem calhou uma barata no prato em que ia comer. No domingo, voltou a aparecer uma barata no chão da cantina. Trata-se, ao que parece, de uma espécie mais pequena que as baratas dos esgotos e mais resistente”, começou por escrever a Comissão.
“Tanto quanto pudemos apurar, a Direção de Compras fez o que era humanamente exigível para debelar a praga. Promoveu recentemente duas desinfestações, entregues a uma empresa que, pelos vistos, não obteve o resultado pretendido, e ainda hoje promove mais uma. Vai agora entregar esse encargo a uma outra empresa, de quem se espera melhores resultados. Tanto quanto soubemos também, aquela Direção teve por parte do CA o apoio necessário. O CA suportou, nomeadamente, os gastos adicionais com subsídio para local sem refeitório nos dias de encerramento por desinfestação. O problema, no entanto, é mais fundo. O subsídio que nos é devido quando a cantina é encerrada para desinfestação também em boa lógica nos seria devido quando a cantina não é encerrada, mas está imprópria para consumo, por motivo de infestação”, acrescentou.
“Como já em tempos perguntámos para a Madeira, perguntamos agora para Lisboa: tem a RTP uma cantina digna desse nome? Se não a tem, vá tratar do problema e pague, entretanto, o subsídio de refeição correspondente a local sem cantina”, rematou a Comissão.
