José Castelo Branco é suspeito de violência doméstica contra Betty Grafstein e vai ser investigado pelo Ministério Público.
Internada há duas semanas no Hospital CUF, em Cascais, devido a uma queda, Betty Grafstein terá dito a “vários profissionais de saúde” que foi empurrada pelo marido e que o “comportamento abusivo – físico e psicológico – é recorrente”, de acordo com o jornal Expresso.
A joalheira norte-americana foi sujeita a observação por parte dos médicos e mostrou-se “consciente, orientada, calma e colaborante” com “memória mantida e cognitivamente bem”.
Lady Betty ficou com uma “ferida traumática” no antebraço esquerdo e uma “fratura no fémur direito” após a queda que a levou ao hospital. Como o crime de violência doméstica é público, o hospital apresentou queixa ao Ministério Público.
O caso foi comentado no “Jornal às 7”, da CMTV, esta quinta-feira (2), por Carlos Anjos: “Os hospitais estão obrigados – não apenas na violência doméstica, mas em todos os crimes, se entrar alguém nas urgências que tenha uma lesão traumática e que diga que essa lesão foi causada por um crime, como é o caso – de participar. No caso da violência doméstica, como o crime é público, a denúncia é obrigatória por parte dos médicos”, começou por dizer.
“Neste caso, eu diria que tendo em conta o depoimento da senhora, tendo em conta as lesões traumáticas que motivaram a que ela esteja hospitalizada já há algum tempo, tudo isso faz com que a prova material quase que está feita, está lá e agora o Ministério Público, mediante a denúncia do hospital, não lhe resta outra alternativa que é abrir um processo de investigação em que o suspeito ou o arguido – neste caso é arguido – é efetivamente José Castelo Branco, porque foi ele que foi denunciado pela vítima como tendo sido o autor da agressão”, prosseguiu.
“Há um facto naquilo que, aparentemente, Betty terá dito aos médicos do Hospital da CUF Cascais que é importante: é que já não será a primeira vez que ela é agredida ou que é vítima de maus-tratos pelo José Castelo Branco e, portanto, essa situação pode levar aqui para uma situação de violência doméstica agravada, o que não abona nada em favor da posição de José Castelo Branco a favor deste processo todo”, acrescentou.
“Neste momento, o Ministério Público estará a tratar já de ouvir a vítima para que ela fixe não só o tempo das agressões, quando é que foi agredida, desde quando é que se manifesta este comportamento, como se há alguma testemunha destes comportamentos de José Castelo Branco, como até se ela já tem outras lesões mais antigas que possam já estar saradas. Depois de tudo isto estar equacionado, e se houver testemunhas, primeiro ouvem-se as testemunhas. Se não houver, aí sim passa-se para o interrogatório do arguido onde José Castelo Branco irá ser confrontado com as denúncias que a sua mulher fez sobre o seu comportamento sobre ela”, explicou Carlos Anjos.
“As lesões que ela tem são compatíveis com o comportamento que ela denuncia (…), nomeadamente, que a empurrou numas escadas, ela caiu e acabou por ter essas lesões traumáticas, uma delas uma fratura”, afirmou o comentador.
