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Bruno de Almeida critica duramente a Câmara após tragédia no Elevador da Glória

"Morreram 15 pessoas pela negligência profissional dentro da Câmara Municipal de Lisboa"

Ex-concorrente do Big Brother denuncia negligência da autarquia e acusa Carlos Moedas de permitir a degradação da cidade.

A tragédia que esta quarta-feira atingiu o coração de Lisboa – o descarrilamento do Elevador da Glória, que provocou 15 mortos e dezenas de feridos, está a gerar uma onda de indignação nas redes sociais. Entre rostos públicos que se pronunciaram, Bruno de Almeida, ex-concorrente do Big Brother, que usou o Instagram para deixar um testemunho emocionado e com muita revolta à mistura devido ao estado da cidade e o papel das autoridades.

“Hoje é um dia muito triste. Tenho muita vergonha desta quantidade”, começa por escrever. Na mesma publicação, Bruno recorda que, no espaço de um só dia, Lisboa viveu dois episódios trágicos: O desabamento de um prédio e, horas depois, o acidente com o elevador histórico que opera desde 1893. – um símbolo da cidade que, de repente, se transformou num cenário de dor e perda.

O ex-concorrente acusa diretamente a Câmara Municipal de Lisboa e o presidente Carlos Moedas de falta de ação face ao visível estado de degradação da capital: “O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, já teria sido questionado sobre a qualidade das infraestruturas e o porquê da falta de reabilitação do património da cidade. Sendo seu apanágio a falta de respostas, os lisboetas habituaram-se a ver a sua cidade degradar-se.”

O arquiteto, natural de Castelo Branco, vai mais longe, e denúncia mesmo que os funcionários da Carris teriam alertado para problemas de manutenção no Elevador da Glória, sem que as devidas intervenções tivessem sido feitas. No seu entender, esta tragédia não foi apenas um acidente, mas sim, foi o resultado de negligência: “Hoje, morreram 15 pessoas pela negligência profissional dentro da Câmara Municipal de Lisboa.”

A publicação continuou bastante critica, e segue as linhas de transformação de Lisboa numa cidade “para milionários”, onde “a pobreza não tem lugar” e onde “viver já não é para todos”. Para ele, a cidade está a perder a sua alma em nome do turismo e da especulação imobiliária.

Numa altura em que o país inteiro tenta digerir a dimensão da tragédia, Bruno de Almeida mostra-se mais revoltado, não só pela perda de vidas humanas, mas também pelo que considera ser o retrato de uma cidade em colapso, que precisa urgentemente de respostas, e sobretudo, de ação.

Neste momento de luto nacional, impõe-se também um tempo de reflexão. Pelas vítimas, pelas famílias enlutadas e por todos os que, como Bruno, sentem que Lisboa está a perder-se. Que esta dor não se transforme apenas em mais um relatório arquivado. Que sirva para mudar.

 

Pedro Chagas Freitas expressa-se “Um símbolo da cidade, transformou-se num túmulo”

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