Bruno de Carvalho foi o mais recente convidado do programa “Alta Definição”, este sábado, 22 de março, na SIC.
Durante a conversa com Daniel Oliveira, o antigo presidente do Sporting CP deu uma “novidade”: “Eu tenho processos em tribunal tributário há 21 anos. Esses processos jurídicos fazem com que eu tenha todos os meus bens – que são bastantes, porque eu trabalhei bastante a minha vida, eu tenho empresas desde os meus 18 anos – tudo penhorado há 16 anos. Todas as minhas casas, todas as minhas lojas, todos os meus carros”.
“Não é aquela penhora que as pessoas conhecem por dívida, é para se um dia aquilo for dívida. O que significa que eu não posso vender as minhas casas, não posso vender as minhas lojas, não posso fazer nada aos meus carros”, explicou. “Portanto, eu tenho a sorte de ter trabalhado, de ter ganho o meu dinheiro e de sobreviver do trabalho que tive, que nada tem a ver com o suporte e do trabalho que tenho. Mas são 21 anos com um machado na cabeça. Se calhar as pessoas não sabem o que isto é. 21 anos que você não sabe o que é que vai acontecer à sua vida”, acrescentou.
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“Já ganhei 4 processos que, depois, passaram para 12. Portanto, eu ganho e eles fazem recurso. Eu ganho e eles fazem recurso. O que é que eu quero transmitir com isto? Primeiro, não usei o Sporting para nada da minha vida. Eu nunca utilizei o facto de ter sido presidente do Sporting para os resolver. Toda a gente neste país utiliza cargos de importância para resolver tudo na vida”, garantiu.
Bruno de Carvalho recordou que um jornal, com “a conivência de alguém dentro da AT [Autoridade Tributária]”, “pediu uma declaração que dizia que eu devia 3 milhões”: “Na altura que eu saí do Sporting. E no mesmo dia pediu outra declaração que dizia que eu não devia nada. Capa do jornal: ‘Bruno Carvalho paga 3 milhões’. Isto não é justo, porque a pessoa do jornal sabia que estava a mentir. Sabia que eram meros dois papéis, que num alguém carregou num botão e meteu os processos todos ativos, no outro as pessoas meteram suspensos os processos todos, então deu que já não tinha dívidas. Então dizia que estava a zero. Não se faz. Porque o que se tentou transmitir às pessoas é ‘se de manhã devia 3 milhões, à tarde já tinha pago 3 milhões, Bruno roubou 3 milhões ao Sporting e pagou dívidas’”.
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