Bruno Simão revive a perda trágica de Bruno Baião, a estrela do Benfica que morreu em 2004
Bruno Simão recorda a morte de Bruno Baião, amigo e promessa do Benfica...
Bruno Simão voltou a abrir uma das páginas mais sensíveis da sua vida e, ao fazê lo, recordou um capítulo que marcou toda uma geração do Benfica.
O concorrente da Casa dos Segredos contou como a morte de Bruno Baião, amigo de infância e promessa maior dos juniores encarnados, o transformou para sempre e acabou por reforçar laços que ainda hoje o acompanham.
O episódio remonta a maio de 2004. Bruno Baião, capitão dos juniores, acabara de receber a notícia pela qual qualquer miúdo sonha, a subida aos seniores. Minutos depois, num café em frente aos treinos dos Olivais, caiu inanimado. Uma paragem cardiorrespiratória que o deixou quatro dias em coma. No fim, não houve milagre. O Benfica ainda chorava a perda de Fehér e, no Jamor, as bancadas vestiram fumo negro para homenagear mais um talento que partia cedo demais.
Bruno Simão relembra esses dias com a voz embargada, diz, “Não era de sangue, mas era um irmão meu, faleceu aos 18 anos. Desde os dez anos estávamos sempre juntos durante o dia”. E acrescenta, “Os pais dele são como uns pais para mim”. A ligação nunca se desfez. Cada visita ao restaurante da família Baião é um mergulho na memória, entre fotografias e lágrimas. “Ainda hoje sofro com a morte dele, falo com ele. Ele faz-me falta todos os dias, foi das melhores pessoas que conheci na vida”, admite.
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A dor criou união. Em 2010, antigos colegas organizaram um jogo de homenagem em Linda a Velha. João Pereira, já no Sporting, liderou uma equipa e Ruben Amorim, no Benfica, comandou a outra. “Conseguimos juntar nos por ele, é uma homenagem merecida”, disse Pereira na altura. Amorim reforçou o sentimento ao recordar, “Parece que ainda foi ontem que andámos nos infantis”.
Hoje, com a televisão a fazer parte da sua história, Bruno Simão não esconde que esta ferida continua aberta. “Foi e é das maiores cicatrizes da minha vida, ver partir alguém que amava e tão novo, com 18 anos, com tanto para dar”. E, mesmo agora, antes de entrar em campo como veterano, guarda um ritual íntimo. “Aqui, já falei muitas vezes”, confessa, numa espécie de conversa silenciosa com o amigo que nunca deixou de acompanhar.
Recuperando notícias de 2004, o CM, junto de uma fonte conhecedora do processo clínico de Bruno Baião, a tragédia que abalou o jovem capitão dos juniores do Benfica teve origem nos problemas cardíacos que já o tinham afastado dos relvados em 2001, durante nove meses. Essa sombra, que nunca chegou a desaparecer por completo, acabou por ditar o desfecho que ninguém imaginava para um talento em ascensão.
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Depois desse primeiro susto, Baião foi obrigado a suspender a carreira, submeteu se a exames e seguiu tratamento especializado. Ainda assim, quem convive com arritmias cardíacas sabe que a recuperação nunca é absoluta, é comum haver recaídas e foi exatamente isso que aconteceu naquela semana fatídica.
Naquela terça-feira em que tudo mudou, o médio deu entrada no Hospital Curry Cabral já depois de ter sofrido uma primeira paragem cardiorrespiratória num café dos Olivais. Estava ao telefone com o empresário, Paulo Barbosa, que lhe comunicava uma notícia que podia mudar a vida de qualquer jovem jogador, o Benfica queria oferecer-lhe um contrato profissional. Pouco depois, já no hospital, o cenário repetiu se numa segunda paragem, desta vez irreversível.