Uma marca brasileira que vende malas e sapatos lançou no sábado passado uma campanha em que uma criança de três anos surge em poses que uma avalanche de comentários no Facebook classifica como “erotizadas”. A mãe da “modelo” não compreende a “tempestade num copo de água”
A empresa fala em “interpretação distorcida” do conteúdo da campanha, mas o organismo que regula a publicidade no Brasil aceitou as largas dezenas de queixas recebidas e abriu um processo contra a marca.
Em causa estão fotografias de uma menina de três anos, apenas em roupa interior e acessórios de senhora, em poses de modelo adulta.
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Além das centenas de comentários negativos que as imagens receberam no Facebook, vários publicitários juntaram as suas vozes ao coro de críticas, evocando a legislação do setor, que diz que “crianças e adolescentes não deverão figurar como modelos publicitários em anúncios que promovam o consumo de quaisquer bens e serviços incompatíveis com a sua condição”.
“É uma campanha extremamente de mau gosto e desrespeitosa em relação às crianças”, condena Inês Vitorino, que lidera um grupo de investigação sobre a relação das crianças com os meios de comunicação, da Universidade Federal do Ceará. “A marca é para o consumo de adultos e coloca a criança extremamente erotizada, numa situação absolutamente desnecessária“, sublinha.
A mãe da menina já veio a público afirmar que tudo não passa de uma “tempestade num copo de água” e que não vê qualquer aspeto negativo na campanha.
Fonte: Revista Visão.sapo.pt – Fotografias aqui.
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