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Cantor Saul e os milhares de contos que perdeu

Eram 600, 700 contos por espetáculo em 1996, "eram 4 vezes ao dia por vezes, 280 dias por ano, três anos assim".

O cantor Saul foi enganado pelos pais, uma história muito conhecida, mas ontem esteve à conversa com o Daniel Oliveira no ‘Alta Definição’ da SIC.

Ficamos a perceber que quando começou a carreira nos anos 90 ganhou muito dinheiro, mas nunca via nada, “diretamente não recebia nada. Quando era novo não ficava com nada. Era com os meus pais que geriam todo o dinheiro e todos os imóveis. Imagina, quando começou na altura do bacalhau, roupas, alimentações, algumas coisas que eram necessárias, além disso, sim, tinha, não vou dizer que não tinha, não é? Mas não tinha acesso direto ao dinheiro, isso não.”

A sua mãe era empresária, “era feito pela minha mãe na altura, que era empresária. O meu pai era o que tratava todo o material dos sonhos, na altura. Ao início era tudo nosso, também para podermos ser um pouco mais profissionais, tinha de haver investimento e até aí tudo ótimo. Eu só era agarrado, saía de casa, chegava ao palco e cantava.”

E quanto ganhava na altura? “estamos a falar em 95, 96, mais ou menos 600, 700 contos por espetáculo. No mínimo, no mínimo, com banda era muito mais, e eram 4 vezes ao dia por vezes, 280 dias por ano, três anos assim”.

Ainda revelou, “fora, vendas de CDs e tudo isso que não contabilizamos, só estamos a contabilizar espetáculos. O merchandising era todo nosso também, estás a ver todo o dinheiro que envolvia: CDs, se tivesse t-shirts para vender (…) aquela altura, tu não vendias menos de 600 CDs por festa. Cassetes eram as 1000, 1500. Tudo isso contabilizava-se para o final.”

Saul revelou que foi aos 18 anos que soube que tinha apenas 14 euros e 50 cêntimos na conta, “eu fui atualizar a caderneta simplesmente, e quando atualizei a caderneta fiquei com tanta vergonha que saí do banco. Literalmente saí do banco, disse ‘não pode ser’, alguma coisa está aqui errada, mais que não seja, eu sei que em outra conta qualquer podia ter lá alguma coisa. Nenhuma delas tinha.”

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