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Carla Andrino fala de amor, cura e crescimento pessoal

Carla Andrino reflete sobre a importância da família, da expressão do afeto e de aprender a ser mais gentil consigo mesma.

Carla Andrino esteve à conversa com Andreia Rodrigues num momento marcado pela afetividade e pela reflexão sobre o valor da família e da expressão do amor.

A atriz sublinhou a importância de dizermos, sem receios, o quanto amamos, e de aprendermos a ser mais compassivos connosco. Ainda reconheceu que muitas vezes a exigência interna pode tornar-se o nosso maior obstáculo. Contou que, ao longo do tempo, foi percebendo a necessidade de ajustar essa relação consigo própria.

Nas suas palavras, “Somos, na maior parte das vezes, empáticos e com muita compaixão pelos outros, e às vezes somos o nosso pior inimigo. Aquilo que dizemos a nós próprios provavelmente não diríamos a uma amiga ou a um amigo se estivesse a viver a mesma situação. É um exercício muito interessante de se fazer. Eu faço isso quando me apanho a punir-me, ou a castigar-me, ou zangada comigo. Penso, calma, sê mais gentil, foste a tua melhor versão.”

Carla defende que o crescimento pessoal exige olhar para o passado com compreensão, “De facto, sou a minha melhor versão agora. Quando se olha para trás com os olhos do passado, não funciona. É preciso olhar com os óculos do presente. No passado, ali, foi o melhor que eu consegui. Identificar o erro é o grande momento, porque o erro, por excelência, é uma oportunidade de aprendizagem. Detetar, perceber, não gostei do resultado, vamos ser construtivos. Não vou repetir porque me causou sofrimento, a mim ou a outra pessoa. Aprende, transforma e segue.”

A atriz também falou sobre a forma como encara o seu trabalho e a imagem que tem de si no ecrã. Admitiu que raramente gosta de se ver e que essa dificuldade é ainda um processo em evolução, “Quando vejo o resultado final, não gosto. Gosto do momento em que estou a trabalhar, em que me preparo, em que sei o texto, em que me sinto bem com a roupa e o cabelo, e dou o meu melhor. O resto já não depende de mim, depende da edição, da luz, do som. Regra geral, quando me vejo, acho sempre que podia ter feito melhor. Ainda trabalho um bocadinho para a perfeição. Sei que não a atinjo, mas já fui pior. Como diz uma amiga minha, já fui ao Prada e acho que estou melhor. Estou neste processo de ser mais gentil comigo. Porque a pessoa olha e pensa, ai meu Deus, porque é que fiz isto, ou porque exagerei, ou porque não exagerei, ou porque fui intensa, ou pouco intensa. Não gosto, não gosto de me ver.”

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