
Ainda no seguimento do novo requerimento do Dr Pedro Nogueira Simões, advogado de Frederica Lima, contra Nuno Homem de Sá para a revisão das medidas de coação, Carlos Anjos comentou os dados.
Maya lançou a questão de 1 milhão de euros: “Isto vai ter algum efeito, Carlos, ou vai ficar para lá junto com outros tantos?”
Carlos Anjos não hesitou em afirmar, até porque enquanto antigo inspetor da PJ, sabe muito bem como sito funciona, e diz que “Infelizmente, acho que não vai ter grande alcance… estamos quase há um mês nisto e continua-se a empurrar com a barriga.” Ainda sublinhou que Frederica só está a ter atenção por ser figura pública: “Em Portugal existem muitas Fredericas. Temos cerca de 30 mil queixas por ano de violência doméstica. A diferença é que grande parte das mulheres anónimas sofrem o mesmo, ou pior, e a Justiça continua muitas vezes inerte.”
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A crítica foi dura ao Ministério Público, acusado de não ter agido quando devia: “Com os elementos que tinha, havia obrigação de deter Nuno Homem de Sá. Ao não o fazer, criou-se este arrastar da situação.” Para Anjos, a lentidão processual é o grande cancro do sistema: “Os tribunais não podem trabalhar só das nove às cinco. A polícia funciona 24 horas, os tribunais também deviam. Assim, criamos nos agressores um sentimento de impunidade: tudo é público, a Justiça não age, e eles sentem que podem fazer tudo.”
Maya reforçou a sensação de demora: “Foi no dia 15 que foi adiado para dia 26. Nove dias úteis…” A resposta foi imediata: “Podia ter sido logo no dia seguinte. Isto não se compreende.” No fecho da análise, Carlos deixou um aviso sombrio: “Se nada mudar, corremos o risco de esperar pela próxima vítima mortal desta trágica comédia.”
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Maya trouxe as declarações do advogado de Nuno Homem de Sá, Alexandre Guerreiro, que desmentiu as acusações e reagiu com dureza: “Mais uma notícia falsa do site do costume. Nuno não fez o que é dito. Falamos em tribunal.” Teresa Guilherme reagiu com ironia: “Bom… Isto é uma afirmação do advogado que está bem o advogado para a pessoa, para o Nuno. Então o Nuno encontrou um advogado à altura dele.”