Carlos Cruz RASGA Big Brother: “Transformou-se num produto tóxico”
Carlos Cruz continua com a língua afiada na sua crónica semanal no jornal Tal & Qual.
Na última edição, o ‘Senhor Televisão’ começou por escrever: “Não gosto da esmagadora maioria dos reality shows. Por isso mesmo recusei ser o apresentador do primeiro Big Brother há 21 anos. Considero que são a exaltação do voyeurismo, alimentando-o. Mas respeito quem aprecia“.
“Considero que a atual edição do BB saltou a barreira do entretenimento para pisar os terrenos da ‘tortura’ dos concorrentes, além do aceitável. Com um grupo de participantes que elevou a fasquia da qualidade, poderia ser interessante ver os seus comportamentos e interações. Mas o programa seguiu por outro caminho. Perigoso. (…)“, criticou o antigo apresentador.
“(…) Este BB obriga a exercícios físicos paramilitares, usa despertares intermitentes e abruptos, a meio da noite, falsas expectativas, cortes de produtos alimentares, ‘dilemas’ que são ações de puro sadismo jogando com sentimentos sérios a troco de dinheiro [retirar 2.000,00€ do prémio comum para a concorrente ouvir a voz do filho durante um minuto ou dois], etc. Tudo isto e muito mais transforma um programa de entretenimento num produto tóxico. (…)“, descreveu.
“(…) Um grupo de pessoas, fechadas sem qualquer contacto com o exterior, dispostas a sacrifícios para conquistar um prémio, são condições que geram a sua despersonalização, diminuindo a capacidade de discernimento, confundindo o pensamento [veja-se a transformação por que está a passar, por exemplo, a Ana Barbosa, muitas vezes à beira de um ataque de nervos], levando-as a ficarem completamente vulneráveis e, assim, a serem manipuladas pela ‘Voz’ do BB, o que esta faz, pelo tom, com uma grande dose de gozo sádico. É lamentável!“, acrescentou.
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