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Caso Jéssica Biscaia! Isabel Moreira critica órgãos de comunicação social: “Parecem abutres em concurso uns com os outros”

"Diz que as pessoas gostam de ver - não podemos aceitar"

A morte da pequena Jéssica Biscaia, de 3 anos, deixou Portugal em choque.

A criança de Setúbal foi presa e espancada até à morte devido a dívida de bruxaria.

A ama de Jéssica, a filha e o marido foram detidos. São suspeitos dos crimes de homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física graves.

O caso está a ser acompanhado pelos diferentes canais de informação e a deputada Isabel Moreira está indignada: “DIZ QUE AS PESSOAS GOSTAM DE VER – NÃO PODEMOS ACEITAR. Morreu uma menina pequenina em circunstâncias ainda não judicialmente apuradas, mas certamente agonizantes. Morreu uma menina de 3 anos que se chamava Jéssica sem tamanho para se defender, era uma criança, assim como um dos meus sobrinhos, e é por isso que devia ser muito protegida pela comunidade que a isso está obrigada e é também por isso que sempre que uma criança indefesa morre assim, brutalmente, sentimos que falhámos, ficamos sem chão. É natural quereremos saber se aquele anjo estava referenciado à CPCJ, queremos entender como foi possível o abandono. O que também é ou devia ser natural chama-se silêncio e respeito. E luto. Luto de todos. A comunidade quebrou-se com a morte de Jéssica“, começou por escrever no Facebook.

O que temos visto por parte de muitos órgãos de comunicação social é aviltante. Jornalistas a perseguirem familiares da criança de câmaras em riste a fazerem perguntas indecorosas, sem respeito algum pela privacidade dos ditos. Parecem abutres em concurso uns com os outros anunciando imagens recolhidas para deleite das audiências (houve quem fosse ao quarto da menina), passando em loop, claro, a cara daquele anjo, que interessa a dignidade de uma criança que já morreu? Aliás , Jéssica não pode ser velada no tal silêncio, porque parece que há direitos televisivos nesse momento e relatos das reações dos vários familiares que não vou descrever. Seria normal respeitarem a dor coletiva de uma comunidade que falhou, mas nem sequer respeitam a dignidade de uma pessoa concreta, uma criança de 3 anos , que tinha um nome, chamava-se Jéssica , com direito a direitos, e com direito a que outros cuidassem deles“, acrescentou.

Podem dizer que tudo isto acontece porque as pessoas gostam de ver esta segunda morte de Jéssica. São as audiências, pois. Lamento, não aceito. Vivo num Estado de direito fundado na dignidade da pessoa humana e isso impõe-se ao pavoroso gosto de quem se delicia com abutres. Há entidades que zelam pela decência. Pronunciem-se“, rematou.

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