A polémica entre Paulo de Carvalho e Luís Osório continua a fazer correr tinta…
Tudo começou quando Luís Osório comentou a biografia do cantor e alegou que o seu pai, José Manuel Osório, foi despedido após ser diagnosticado com SIDA, deixando “sem indemnização e quase sem dinheiro”.
José Manuel Osório foi agente de Paulo de Carvalho durante vários anos e o seu nome não foi referido na biografia: “Nem uma nota de rodapé ou uma vírgula de fosse”.
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Posteriormente, Paulo de Carvalho emitiu um comunicado e afirma ter sido “vítima de uma série de graves calúnias” e repudiou a “mentira infame”: “Fui eu quem acompanhou o José Manuel Osório durante a doença (…) Nem foi despedido, nem jamais o estigma de uma qualquer doença seria motivo para me afastar de quem quer que fosse”.
Entretanto, na manhã desta segunda-feira (23), Luís Osório reagiu: “Se Paulo de Carvalho desejar – se achar por bem – que me processe por difamação do seu bom nome. Terei gosto em esclarecer o tribunal e de levar comigo toda a família direta, todos os que em casa presenciaram o estado de abandono, de sofrimento e de raiva do meu pai (…) Só receio pelo quem vem a seguir. Porque um homem que escreve aquele comunicado é capaz de tudo”.
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A propósito do caso, Luís Osório publicou uma entrevista antiga ao pai, no programa “Portugalmente” (RTP2, 1998), onde questionou: “Houve alguém que se tenha portado mal contigo? Alguém que gostasses particularmente?” (a resposta, aqui).
Entretanto, Alberto Franco, autor da biografia de Paulo de Carvalho, veio sair em defesa do cantor e explicou a ausência de José Manuel Osório: ““Paulo de Carvalho-60 Anos de Cantigas” centra-se no essencial da vida e da carreira do biografado. Muita gente que se cruzou com o Paulo ao longo do seu percurso, como é o caso dos agentes, ficou por mencionar. Porém, não se veja nisso menosprezo por ninguém, mas apenas o custo de resumir seis décadas de uma carreira riquíssima num livro de 166 páginas. Era preciso optar e eu optei, com a liberdade que me assiste como autor. Enquanto narrador da sua história, o Paulo respondeu ao que lhe perguntei. E creio que há mais nada a referir, se não que gostei muito de trabalhar com ele”.