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Chega de André Ventura compromete-se com papel de oposição responsável e autónoma

Chega recusa ser muleta de Montenegro e prepara governo sombra

André Ventura, a segunda força política em Portugal, foi recebido hoje pelo presidente da República. Após o encontro, acabou a falar aos jornalistas.

André Ventura volta a referir que o Chega no atual xadrez político: o partido não está disponível para ser o “suporte” da Aliança Democrática (AD) nem de Luís Montenegro. Garante que foi mandatado pelos eleitores para liderar a oposição — e não para servir de bengala ao governo.

“A resposta já ficou dada hoje (…) Não se pode ser preto e branco ao mesmo tempo. Não se pode ser carne e peixe ao mesmo tempo.” A ideia é simples — ou se é governo ou se é alternativa, e o Chega quer ser alternativa.

Garantiu ainda que não vai ser do contra, “o país tem que ter uma alternativa clara ao governo da AD, porque pode ser chamado a eleições num determinado momento. E, portanto, pergunta-me assim, isso quer dizer que não vai apoiar nenhuma medida da AD? Não, e nós já o demonstrámos no passado. Quando são boas para o país, nós aprovámos. E nem tinham que ser da AD. Algumas eram da Iniciativa Liberal, outras do PCP, outras do PS. Olha o fim das portagens. Foi viabilizado por nós porque era bom para o país.”

Para deixar claro que não se trata apenas de recusa por oposição, mas de preparação para uma eventual transição, Ventura revelou a intenção de montar um “governo sombra” com “figuras credíveis nas várias áreas da governação.” O objetivo? Mostrar que o Chega está pronto para governar, caso Montenegro caia em desgraça.

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