Cláudio Ramos tem uma crónica semanal na revista TV Mais e escreveu um pequeno texto sobre Merche Romero.
“As pessoas em Portugal tendem a ter a memória curta, principalmente num meio demasiado demolidor como o mediático. Alguns desta geração podem não ter presente que Merche foi uma das apresentadoras de televisão mais cobiçadas deste país e uma das grandes figuras do mundo dos famosos. Durante anos as capas eram dela, assim como as campanhas, e era ela o nome que todos queriam em todas as festas. Fez programas de televisão e durante muito tempo foi companhia de muitos nas tardes da RTP, depois passou para outros programas e outras estações, fez travessia no deserto e voltou…”, começou por referir.
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“Digo isto por uma simples razão. Escrevo estas linhas no final do programa [Dois às 10] de hoje, onde Merche esteve, tal como há uns tempos a esta parte, como comentadora. Lembro-me de ser eu comentador no programa “SIC 10 horas”, apresentado pela Merche, quando a Fátima Lopes foi ser mãe. Não deixa de ser curioso a vida e as voltas que ela dá, mas estas linhas são para elogiar a Merche, que gosto cada vez mais como comentadora, porque perdeu o medo de dizer as coisas tal como as sente e ainda lhe acrescenta sentido de humor (que é o que dá sal à vida)… A Merche é um raro exemplo de figura que ocupou o primeiro lugar mas não se abateu ou deixou ficar à sombra da bananeira quando teve de mudar de posto. Ela sabe que estas são as regras do jogo”, acrescentou.
“Se há muitos anos me dissessem que ela seria hoje uma das comentadoras principais da atualidade, não sei se acreditaria, mas a verdade é que o é e desempenha o seu papel na perfeição. Eu, que não tenho memória curta, enalteço a coragem – porque é preciso coragem – e desafio muitos outros a terem este jogo de cintura, porque falar é fácil, calçar os sapatos dos outros é que complica mais. Parabéns, Merche!”, rematou o apresentador da TVI.
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