“Convite à Sara Sampaio”: metáfora de Nuno Farinha para explicar drama do Sporting
Gonçalo Inácio, Diomande e Trincão aproximam-se da fase crítica dos contratos. Negociações arrastam-se e risco de saída a custo zero assusta Alvalade.
A nova questão, isto porque o Fundo Soberano Saudita está agora interessado em Gonçalo Inácio, oferece 40 milhões de euros pelo central do Sporting.
No CNN Mais Transferências, Nuno Farinha fez uma grande análise ao momento, e deixou um ‘aviso’, o Sporting pode vir a enfrentar um problema sério nos próximos tempos, relacionado com a situação contratual de três jogadores fundamentais: Gonçalo Inácio, Ousmane Diomande e Francisco Trincão.
O jornalista começou por sublinhar que, embora não estejam no último ano de contrato, estes atletas já caminham para a fase decisiva em todo este processo e na timeline, Gonçalo Inácio, por exemplo, tem contrato até 2027, mas em janeiro de 2026 já poderá assinar livremente por outro clube. “Ainda falta tempo, mas no futebol um ano passa a correr”, avisou Farinha.
A mesma situação aplica-se a Diomande, também ele com vínculo até junho de 2027, e a Trincão, igualmente considerado peça estruturante. Três jogadores que, na ótica do Sporting, só saem pelo valor da cláusula de rescisão, uma estratégia que, no entanto, começa a ficar sob pressão, porque até agora não houve acordo para prolongar contratos.
Neste sentido, o Sporting tem procurado renovar com todos, mas as negociações não avançaram: “Os jogadores, ou os seus representantes, entendem que ainda não estão reunidas as condições certas.” Entre os três casos, há um que se destaca, o de Diomande. Aqui, o cenário não passa tanto por renovar, mas sim por vender. O central costa-marfinense é visto como perfil perfeito para a Premier League, mas até agora as propostas recebidas não chegaram perto do que o Sporting esperava.
Relembra que o clube de Alvalade está numa espécie de encruzilhada. Por um lado, não quer abrir mão dos seus ativos por valores abaixo da cláusula. Por outro, corre o risco de ver estes jogadores aproximarem-se do fim de contrato e perder margem de manobra. “O Sporting está a começar a perder o tempo para a renovação. Ainda vai a tempo, mas não há muito tempo para adiar decisões”, frisou.
A situação torna-se ainda mais delicada quando se fala em propostas vindas do fundo soberano da Arábia Saudita. Nuno Farinha, garantiu que uma eventual oferta de 40 milhões por Gonçalo Inácio, valor que chegou a ser noticiado, não terá qualquer efeito: “A resposta já está dada antes de chegar: é não. É como eu convidar a Sara Sampaio para jantar. Também já sei qual vai ser a resposta.”
O único cenário em que o Sporting poderia perder o defesa seria se alguém cobrisse a cláusula. Nesse caso, a decisão passaria para o jogador. E é aqui que entra a gestão de carreira: jovens, com mercado e ainda muito caminho pela frente, Inácio, Diomande e Trincão sabem que negociar com o contrato quase a expirar-lhes dá poder acrescido. Concluiu com um aviso: a “fase crítica” aproxima-se rapidamente. Em 2026, os três estarão a menos de um ano de saírem a custo zero. “E isso já é um risco muito grande para o Sporting.”
