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Cristiano Ronaldo defendido por Martínez após goleada de Portugal e garante que não irá alimentará polémicas

Roberto Martínez elogia Cristiano Ronaldo e destaca a força coletiva da seleção após a vitória por 9-1 frente à Arménia rumo ao Mundial 2026.

Roberto Martínez voltou a assumir uma postura firme e tranquila ao abordar o inevitável tema Cristiano Ronaldo.

O selecionador nacional, que viu o capitão cumprir castigo e falhar a expressiva vitória por 9-1 frente à Arménia, garantiu que a importância do madeirense continua intacta e que não alimentará polémicas.

Em conferência de imprensa, o técnico espanhol preferiu recentrar o debate no coletivo. “Quando falamos de jogadores a nível individual, não falamos só sobre o Ronaldo. Temos um grupo com 25 jogadores de campo e todos trazem qualquer coisa diferente. Todos podem ser importantes. O Cristiano é sempre uma opinião pública. Quando o Cristiano marca golos, a pergunta é o que fazer quando não o tivermos. Quando não joga e ganhamos, pergunta-se, quem precisa do Ronaldo?” observou, sublinhando a estabilidade que pretende manter no balneário.

Ainda destacou ainda a capacidade de liderança distribuída pela equipa, reconhecendo papéis essenciais em várias figuras, “Era importante ter liderança, hoje. A entrada do Bruno foi muito importante, o papel do Rúben Dias e do Bernardo também. Temos liderança que não é um só jogador, há um grupo num momento muito bom. Marcámos nove golos, mas tivemos mais oportunidades. O melhor lateral esquerdo do mundo, Nuno Mendes, não jogou, o Pedro Neto jogou sempre desde o apuramento na Liga das Nações e não esteve… Temos muitas opções e é importante ganhar mesmo quando alguns não estão connosco”.

O selecionador fez questão de elogiar João Neves, autor de dois golos, incluindo um livre que arrancou sorrisos no grupo, “O golo de livre do João tem piada, porque depois do treino de ontem foi o Bruno Fernandes que o obrigou a bater faltas. Esse golo mostra o ambiente que temos no balneário e na seleção”. Também Carlos Forbs mereceu destaque, pela estreia convincente, “Gostei muito da atitude do Carlos, um jogador diferente, muito vertical, rápido, que joga nos dois lados. Para o nosso jogo, isso é muito importante. Quando o Pedro Neto começou na seleção teve um papel essencial. Agora temos alguém que pode fazer o mesmo. Gostei da personalidade. É uma amostra do talento que temos”.

No balanço desta fase de apuramento, Martínez apontou ao crescimento psicológico da equipa como o próximo grande desafio, “A atitude e foco dos jogadores foi total. Durante o intervalo com a Hungria estávamos apurados. Foi muito difícil gerir esse aspeto. Contra a Irlanda houve falta de assertividade, alguma dúvida. Hoje a resposta foi clara, focar e sermos melhores do que a Arménia. Ganhámos 10 jogos seguidos no caminho para o Euro 2024 e a equipa não estava preparada como está agora”.

O selecionador reforçou que o verdadeiro obstáculo não está na ambição de marcar, mas sim na gestão emocional de um grupo que já tem o passaporte carimbado para o Mundial, “Não há problema de falta de fome de golos, há o problema de gerir o aspeto psicológico. Precisamos de perceber porque não conseguimos vencer a Hungria e a Irlanda. Frente à Hungria deixámos de jogar nos últimos 20 minutos, na Irlanda aconteceu o mesmo. Foi querer ir já ao Mundial. A minha primeira derrota em 43 jogos de apuramento não se explica pela parte técnica ou física, explica-se pela vontade de ganhar e não saber como. É isso que nos prepara para o Mundial”.

A rematar, o selecionador ainda projeta uma seleção ambiciosa, pronta para afinar detalhes e entrar no Mundial 2026 com maturidade, competitividade e a mesma fome de vitória que Portugal mostrou na goleada frente à Arménia.

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