Cristiano Ronaldo está ligado a Portugal, mas neste caso é um nome global. O encontro histórico com Donald Trump

A passagem de Cristiano Ronaldo pela Casa Branca, esta tarde, e um encontro dom Donald Trump, está a ser interpretada sobretudo como um gesto calculado da diplomacia saudita.

Pedro Sousa, no NOW, analisa a situação e explica que a presença do jogador num encontro diplomático e num jantar oficial representa algo que poucos compreenderam ainda em pleno.

Depois começa por dizer que há sempre quem procure desvalorizar a dimensão do astro português, mas garante que isso não altera a realidade. Como afirma, “há sempre aqueles negacionistas que acham que, por causa dos egos, a verdade, os dois, dão importância ao nome de Ronaldo. Eu já disse aqui na primeira hora que Ronaldo é a personalidade mais seguida do mundo, queira-se ou não, o nome de Cristiano Ronaldo está ligado a Portugal, mas neste caso é um nome global”.

Pedro Sousa revela ainda que os preparativos do encontro sofreram atrasos, algo que não afetará o simbolismo do evento. Nas suas palavras, “o que se vai passar hoje, creio que será mais para a frente, porque o protocolo está muito atrasado, pelo que me acabam de informar. Mas que vai haver um encontro, sim, e depois o jantar, que eu acho, e reforço isso, que é a questão mais importante”.

Ainda sublinha que esse momento de convívio tem um peso político, diplomático e emocional pouco habitual. Recorda, inclusive, que não é comum que personalidades portuguesas permaneçam para jantares oficiais deste nível. Como explica, “estive a ver, e até a tentar confirmar, que o último português que lá esteve foi Luís Montenegro, há um ano e pouco, antes de a legislatura ser interrompida. Já lá estiveram Marcelo e outros, mas ninguém ficou para jantar. São coisas completamente diferentes e, portanto, valorizo mais esse ato em si do que qualquer outra coisa”.

Para Pedro Sousa, este evento é também uma oportunidade para reforçar a mensagem que Cristiano Ronaldo tem transmitido nos últimos tempos, especialmente aquela associada à icónica camisola oferecida por António Costa, enquanto Presidente do Conselho Europeu. “Creio que estamos a assistir a algo relevante. Acho que ele vai insistir muito na tónica daquela camisola de António Costa, Presidente do Conselho Europeu, entregue naquela data, e na tónica que reforçou na entrevista de há 15 dias com o Joga pela Paz”.

Já na parte final do comentário, destaca ainda o poder comunicacional da expressão que Ronaldo tem vindo a repetir. “Até funciona bem em inglês, ou até melhor do que em português. O Joga pela Paz é uma frase que vai ficar no ouvido de todos a partir de hoje. Se eu fosse marketeer até a registava, porque é uma expressão que, não sei se tem autor, talvez não seja de ninguém e seja de todos, mas não deixa de ser uma frase que Ronaldo vai enfatizar no encontro que vamos ter”.